O governador Rodrigo Garcia (PSDB-SP) aproveitou uma brecha da lei eleitoral e não colocou em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral uma mansão localizada no condomínio de alto luxo Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, no interior do estado (116 km da capital).
Garcia declarou patrimônio de quase R$ 5,2 milhões, incluindo R$ 2 milhões em cotas da empresa Centroeste. A casa de alto padrão está em nome da companhia agropecuária que pertence a ele.
Algumas estimativas de mercado são de que a casa tem valor bem mais alto do que o correspondente às cotas.
Fernando Neisser, advogado da campanha de Garcia, afirma que a legislação eleitoral determina que os candidatos apresentem a declaração de seus bens, que não se confundem com bens de propriedade de empresas das quais sejam cotistas.
Caso ele declarasse um imóvel pertencente a uma empresa da qual é sócio, diz Neisser, Garcia poderia incorrer em crime eleitoral.
Ele estaria fazendo uma declaração falsa se dissesse que a casa é dele, pessoa física, quando a casa pertence a um CNPJ, empresa”, afirma o advogado.