Rio e União criam escritório de combate ao crime organizado para ‘eliminar barreiras’ entre governos


Um dia após a operação mais letal já realizada na história do Rio de Janeiro, quando pelo menos 121 pessoas foram mortas nos complexos da Penha e do Alemão, os governos federal e estadual acordaram a criação do escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado no estado fluminense.
A medida acontece após críticas de Castro sobre a falta de apoio federal para combater a criminalidade no estado. Na ocasião, o governador chegou a afirmar que o Rio de Janeiro “estava sozinho”.
Com a criação do escritório, as duas instâncias governamentais passam a ter contato direto para discutir medidas. O comando do novo órgão fica a cargo do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, e do secretário nacional do ministério, Mário Luiz Sarrubbo.
“Tivemos um diálogo importante. Se o problema é nacional, o Rio de Janeiro é um dos principais focos”, declarou ele, na ocasião. “Vamos integrar inteligências, respeitar as competências de cada órgão, mas pensando em derrubar barreiras para, de fato, fazer segurança pública”, afirmou o governador Cláudio Castro.
A segurança no local da reunião foi reforçada após um protesto de moradores dos complexos da Penha e Alemão no final da tarde na Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, em frente ao Palácio.
A megaoperação de ontem (28) nos complexos do Alemão e Penha, na Zona Norte do Rio, deixou ao menos 121 mortos. Segundo as autoridades policiais, 113 pessoas foram presas e 118 armas foram apreendidas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), preste informações sobre a megaoperação autorizada.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou a instalação da CPI do Crime Organizado. A comissão deve começar os trabalhos na próxima terça-feira (4), com foco na estrutura e expansão de facções e milícias no país.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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