Revista britânica aponta razão para o fracasso dos primeiros-ministros do Reino Unido


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De acordo com um editorial da revista The Economist, o trabalho do primeiro-ministro do Reino Unido nos dias de hoje “tornou-se impossível“.
O autor da análise faz uma crítica ao sistema de governo britânico, apresentando as contradições da democracia do país e traçando um quadro em que a função dos primeiros-ministros está se tornando insustentável.
A publicação argumenta que os deveres do primeiro-ministro tornaram-se impossíveis de cumprir, porque o sistema de poder do país foi concebido “erroneamente”, acumulando funções para o chefe de governo.
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“São chefes de governo, chefes de partido, arrecadadores de fundos, oradores parlamentares, enviados estrangeiros, conselheiros em caso de tragédia, deputados locais que podem ser expulsos por seus eleitores e agora também combatentes da peste”, afirma a publicação.
Em seguida, é dito que “nenhum primeiro-ministro pode cumprir todas essas funções”, e “todos eles estão fadados a falhar irremediavelmente em algum momento”.
A revista recorda a declaração do ex-primeiro-ministro Tony Blair, que descreveu o trabalho do chefe do governo do Reino Unido como “a experiência mais nervosa, confusa, de roer as unhas, nauseante, aterrorizante e desgastante”.
O artigo enfatiza a crescente confusão entre as funções e responsabilidades do primeiro-ministro e do Parlamento, que gradualmente se misturam nas tarefas do chefe do governo britânico.
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