Review: F1 23 quer atrair quem gosta da adrenalina e até do drama do automobilismo


Se a temporada 2023 de Fórmula 1 parece morna, sem grandes surpresas e com Max Verstappen a caminho do tricampeonato mundial, o mesmo não se pode afirmar sobre o jogo oficial da categoria. Testado pela Autesporte, o F1 23 fura a bolha e atrai quem não assiste religiosamente o campeonato, traz novas pistas e acertos nos carros para aproximá-los ainda mais da vida real.

Disponível para Playstation 4 e 5, Xbox S/X/One e PC, o videogame que será lançado no próximo dia 16 traz uma série de melhorias e novidades nos modos de jogo, das quais valem ser destacadas:

Depois de um hiato no F1 22, o modo história “Braking Point” ou “Ponto de Frenagem” retorna ao F1 23. Sem muitos spoilers, a trama traz de volta o aspirante piloto Aiden Jackson e seu grande rival Devon Butler, que agora disputam na mesma equipe, a fictícia e iniciante Konnersport Team.

Com intrigas, pressão da mídia, rivalidade à la Mansell e Piquet ou Alonso e Hamilton nas pistas, a história é uma boa saída para chamar o público que gosta de automobilismo, mas procura por uma adrenalina extra fora das pistas. Tanto é que as decisões tomadas junto à equipe, performance nas corridas e até mesmo a relação com a imprensa impactam na carreira do personagem e podem até desbloquear novos objetivos.

Destaque também para a nova personagem, Callie Mayer, recém-campeã da Fórmula 2 e irmã de Devon Butler. A jovem assume protagonismo nas pistas e lembra a trajetória de outras (pouquíssimas) pilotos mulheres na vida real, como Tatiana Calderón, na Fórmula 2 e até Antonella Bassani, na Porsche Cup. A narrativa, aliás, foi feita sob a perspectiva da tricampeã mundial da W Series Jamie Chadwick.

Agora, caso essa trama não te conquiste, o jogo certamente vai te divertir com outros modos, como o carreira, multiplayer com tela dividida e online, que requer uma conta na Electronic Arts para competir. É possível, inclusive, correr com jogadores de outras plataformas e consoles na opção Crossplay.

Assim como nas edições anteriores, o jogador pode optar por fundar sua própria equipe (na seção Minha Equipe) ou já ingressar em uma. Pode escolher também em começar a carreira do modo “pé no chão”, ou seja, no nível iniciante e crescer no campeonato aos poucos (inclusive iniciar na Fórmula 2 e subir para a Fórmula 1), ou estrear logo no alto nível na opção “primeira fila”.

Já na F1 World, uma espécie de modo carreira misturado ao modo multiplayer somado a campeonatos mundiais (alinhados até com o calendário verdadeiro da Fórmula 1), o usuário consegue progredir na carreira por meio de vários tipos de corrida – tomada de tempo, corridas em circuitos específicos ou disputando com outros jogadores.

desafios novos diários e, quanto mais tempo se passa jogando no F1 World, maiores são as recompensas para melhorar o carro, a equipe e até desbloquear níveis mais difíceis de competição.

Falando na dificuldade, parece que as desenvolvedoras souberam acertar o uso inteligência artificial na pista. Claro, há ainda alguns bugs pontuais que serão corrigidos, como o sistema não reconhecer em alguns momentos quando o piloto atinge o objetivo. Mesmo assim, a nível de competitividade entre os carros, o jogo acerta em cheio, desde o barulho dos monopostos serem diferentes entre si até a performance de cada um se assemelhar à vida real.

Claro, é possível controlar tudo a depender do quanto você quer que o videogame se assemelhe com a vida real: o desgaste dos pneus, a abertura da asa móvel, o nível de agressividade dos pilotos, balanço do veículo e pressão aerodinâmica são alguns dos exemplos. Portanto, para quem quer sentir ainda mais a adrenalina e as dificuldades em acelerar um carro de F1, o jogo vai entregar condições ainda mais parecidas com a realidade.

Falando da asa móvel, achei que seu uso está ainda mais preciso. Há duas gerações, se eu estivesse na terceira posição, abrisse a asa móvel, assim como o piloto na minha frente, eu conseguiria sem problemas ultrapassá-lo, algo bem difícil na vida real. No jogo atual, com recursos aprimorados, é muito mais custoso que essa ultrapassagem aconteça.

E sobre essas peças que compõe o carro, qualquer pequeno toque entre veículos na corrida é capaz de comprometer seu uso e, consequentemente, a performance do piloto na pista. É muito interessante perceber a queda gradual do desempenho nas voltas.

Se por um lado o jogo está mais real, atento aos carros atualizados, com a inteligência artificial mais apurada e até mais justa na pista, por outro a F1 23 permite que o usuário experimente, ou tenha um relance, da vida de ostentação de um piloto da classe mais alta do automobilismo. Quanto mais cresce na competição (seja no modo carreira ou no F1 World) mais dinheiro — chamado de Pitcoin — e passes de corrida você ganha.

Esse montante permite que o jogador tenha as roupas mais caras e mais modernas para o seu avatar, use os equipamentos mais modernos em seu carro de corrida ou até coloque superesportivos para ostentar na sua…sala.

Isso é outro indício da tentativa da EA de furar a bolha e buscar por quem curte carro no geral. Desde o ano passado, os jogares podem dirigir o Aston Martin Vantage F1 ou o Mercedes-AMG GT Black Series, safety cars do campeonato. Além disso, há uma série de superesportivos feito para as ruas que podem ser guiados nas pistas, como a Ferrari F8 Tributo e McLaren Artura.

F1 23

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Fonte: direitonews

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