Retinoblastoma: entenda como detectar câncer comum em crianças


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O retinoblastoma é um câncer intraocular raro, que acomete principalmente bebês e crianças pequenas. Estima-se que ele represente 14% de todos os casos de câncer pediátrico em menores de 2 anos de idade. Quando os sintomas são detectados precocemente, possibilitando o tratamento imediato, as chances de cura são altas, chegando a 90%.

A doença ganhou visibilidade este ano depois que os apresentadores Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram que a filha Lua, 1 ano, foi diagnosticada com a condição. Para informar cada vez mais os pais, cuidadores e profissionais de saúde sobre o tema, o dia 18 de setembro foi escolhido para celebrar o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma.

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF) lançaram, de forma on-line, nessa quinta-feira (15/9), a campanha De Olho nos Olhinhos, idealizada por Leifert e Garbin. O evento marcou a publicação de uma cartilha com as principais informações sobre a doença.

“É um choque muito grande para os pais quando eles descobrem que o seu bebê, que nasceu saudável, está com um tumor maligno. Precisamos alertá-los que isso existe e que as chances de cura são altas”, explica a médica Isis Magalhães, diretora técnica do HCB.

De acordo com Isis, o HCB recebe cerca de quatro crianças com retinoblastoma por ano. Elas são encaminhadas pelo pediatra da atenção primária ou pelo oftalmologista e, uma vez que se tornam pacientes do Hospital, dão início ao tratamento.

Sinais de alerta

Uma foto em família pode revelar um sinal importante aos pais. Crianças com retinoblastoma costumam apresentar um reflexo branco no centro do olho nas fotos com flash, enquanto a maioria das pessoas forma um reflexo vermelho. O “olho de gato”, como é conhecido, pode ser um indício que o tumor está crescendo na retina (parte de trás do olho). A diretora do HCB destaca outros sintomas:

  • Estrabismo em um ou ambos os olhos;
  • Movimentos irregulares do globo ocular;
  • Problemas de visão que causam dificuldade para agarrar objetos próximos;
  • Alteração da cor do olho;
  • Vermelhidão constante no olho.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito com um exame de fundo de olho chamado de retinoscopia indireta. A criança precisa estar sedada, com a pupila dilatada. Isis explica que a prova é diferente do teste do olhinho, feito na maternidade logo após o nascimento. Os médicos precisam estar atentos aos sinais para solicitar o exame com agilidade.

Cerca de 60% dos casos são unilaterais, com o desenvolvimento da doença e um único olho; e 40% são bilaterais. O diagnóstico tardio pode levar à perda da visão e, nos casos mais graves, até à morte. Além de aumentar as chances de cura, o diagnóstico precoce aumenta as chances de preservação da visão e do olho do paciente.

Tratamento

O tratamento da doença depende do perfil do paciente, levando em consideração a idade, a forma da doença – unilateral ou bilateral –, a extensão e a localização. Pode ser feito com terapia a laser, quimioterapia, enucleação, crioterapia e branquiterapia.

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