‘Resilientes’ à alta dos Treasuries, juros futuros ficam estáveis, com leve viés de queda


Sem definição clara de tendência, mas resilientes à alta dos rendimentos dos Treasuries (papéis do Tesouro dos EUA), enquanto o petróleo caía e o câmbio não apresentava grandes oscilações, os juros futuros se aproximaram da estabilidade, com ligeiro viés de queda, na ‘ponta curta’ e de pequena alta, na ‘ponta longa’.

No front doméstico, a maior influência coube ao veto do governo à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores econômicos tupiniquins. Assim como no caso do mercado do petróleo, o de juros foi impactado pela escassa liquidez da sessão em Wall Street, por conta do feriado de Ação de Graças nos EUA.

Enquanto a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 caiu de 10,491%, no ajuste da véspera, para 10,455%; a do DI para janeiro de 2026 desceu de 10,22% para 10,19%; a do DI para janeiro de 2027 permaneceu estável, em 10,35%, ao passo que a do DI para janeiro de 2029 ‘encolheu’ de 10,78%, de 10,75%. Assim, as taxas curtas se estabilizaram, ante o pequeno avanço das intermediárias e longas.

A reboque da liquidez restrita da sessão, o volume dos Treasuries exibiu ‘fraqueza’, o que foi determinante para ‘segurar’ as taxas de retorno destes, sem maior influência nos negócios. “Subiram, mas sem liquidez”, observou o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, ao concluir que a perspectiva é de consolidação de um ‘alívio’ das taxas ianques, o que compensou o noticiário fiscal negativo de Pindorama. “Cada vez que sai algo do fiscal, é pior”, resumiu Lima. Como resultante, a taxa da T-Note de dez anos cresceu para 4,46%, bem abaixo do pico de 5% registrado em meados de outubro.

‘De tirar o fôlego’ – Do ponto de vista macroeconômico global, a baixa dos preços do petróleo contribuiu para ‘tirar o folego’ da curva de juros, uma vez que é perceptível a redução da tensão geopolítica no Oriente Médio, com o barril do tipo Brent retrocedendo a US$ 80.

No nível local, o efeito positivo sobre as taxas – em decorrência do veto integral do governo à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores até 2027, como medida em favor da arrecadação federal – inicialmente ‘festejado’ pelo mercado, acabou sendo anulado pela perspectiva de a medida ser derrubada pelo Congresso Nacional. “A desoneração tem uma razão de ser, não é um benefício ao acaso. O país precisa gerar emprego”, argumentou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Fonte: capitalist

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