República Democrática do Congo e rebeldes do M23 anunciam acordo de cessar-fogo


“Em comum acordo, ambas as partes reafirmam seu compromisso com a cessação imediata das hostilidades, a rejeição categórica de qualquer discurso de ódio e intimidação, e apelam a todas as comunidades locais para que cumpram esses compromissos”, afirma um comunicado publicado nas redes sociais da AFC.
© AP Photo / Moses SawasawaEx-membros das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e policiais que supostamente se renderam aos rebeldes do M23 chegam a Goma, Congo, no domingo, 23 de fevereiro de 2025

Ex-membros das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e policiais que supostamente se renderam aos rebeldes do M23 chegam a Goma, Congo, no domingo, 23 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 23.04.2025

Ex-membros das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e policiais que supostamente se renderam aos rebeldes do M23 chegam a Goma, Congo, no domingo, 23 de fevereiro de 2025
Inúmeras tentativas de mediar uma solução pacífica para o conflito foram feitas. No início do mês, delegações governamentais e rebeldes se encontraram em Doha, no Catar, para o primeiro encontro direto em muito tempo.
No documento, ambos os lados agradecem ao Catar “por seus esforços contínuos e seu firme compromisso em facilitar essas negociações de paz, que contribuíram para o avanço do diálogo e a promoção do entendimento mútuo”.
Capacete azul da Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (Monusco, na sigla em francês) posicionado perto de Kibumba, ao norte de Goma, na República Democrática do Congo, em 28 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 05.02.2025

Os embates, que retomaram em 2022, se intensificaram neste ano com a captura de Goma e Bukavu, capitais das províncias de Kivu do Norte e do Sul, respectivamente, localizadas no leste do país. Estima-se que mais de 7 milhões de pessoas tenham sido deslocadas por conta do conflito.
Principal grupo armado da Aliança do Rio Congo, o Movimento 23 de Março se rebelou contra o governo pelo fracasso de Kinshasa em integrar as comunidades tutsi ao governo central.
Já a AFC foi formada como uma coalizão de diversos grupos pelo político congolês Corneille Nangaa, fundador do partido Ação pela Dignidade do Congo e de seu Povo (ADCP). Ex-diretor da Comissão Eleitoral Nacional Independente da RDC, ele acusa o presidente Félix Tshisekedi de coorrupção e de fracassar na tentativa de alcançar uma “unidade e estabilidade nacionais”.
Soldados do Exército da República Democrática do Congo (RDC) durante operação contra rebeldes (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2025

Localizado no centro da África, um conflito em larga escala na RDC tem o potencial de desestabilizar toda a região, como foi o caso durante a Segunda Guerra do Congo, também conhecida como Primeira Guerra Mundial Africana por envolver diversos atores. Estima-se que o conflito tenha matado 3,8 milhões de pessoas.
Tanto a RDC quanto a Organização das Nações Unidas acusam Ruanda e seu presidente, Paul Kagame, de apoiarem as forças rebeldes com tropas e suprimentos. Kigali, no entanto, nega as acusações. Por outro lado, Burundi disponibilizou suas forças ao lado da RDC para impedir o avanço do M23.
Além disso, outras organizações como a ONU e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) mantêm forças de paz na região. A presença da SADC expande a presença de tropas estrangeiras no local com a África do Sul, Malawi e Tanzânia.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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