Renault Sandero: veja preços na Tabela Fipe e pontos fortes da 2ª geração


A segunda geração do Renault Sandero foi lançada no Brasil em 2014, com visual totalmente renovado e novos equipamentos, mas ainda construída sobre a plataforma B0 da geração anterior. Apesar das atualizações, o Sandero seguiu apostando no custo-benefício para tentar desbancar os Fiat Palio e os Volkswagen Gol e Fox, além dos recém-chegados Chevrolet Onix e Hyundai HB20.

O Sandero de segunda geração foi vendido no mercado brasileiro até o primeiro semestre de 2023, quando a Renault encerrou a produção do hatch em São José dos Pinhais (PR) como parte da estratégia de reestruturação focada em modelos de maior valor agregado (SUVs e picapes).

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Mesmo fora de linha, o Renault Sandero é um carro que atende bem quem prioriza pela robustez mecânica e baixo custo de manutenção sem abrir mão do espaço interno digno de modelos maiores. O hatch foi comercializado com motorizações 1.0, 1.6 e até mesmo 2.0.

Desde a primeira geração, vendida no país entre 2007 e 2014, o Sandero é elogiado pelo ótimo aproveitamento do espaço interno. Em sua segunda geração, o compacto ostenta 4,06 metros de comprimento, 1,53 m de altura, 1,73 m de largura e 2,59 m de distância entre-eixos. O porta-malas tem bons 320 litros de capacidade.

Embora seja espaçoso, o Renault Sandero tem acabamento bastante simples. É comum ver relatos de proprietários se queixando de barulhos provocados pelo excesso de peças de plástico rígido.

Apesar das atualizações visuais e de conteúdo, o Sandero manteve os motores aspirados de quatro cilindros da primeira geração associados ao câmbio manual de cinco marchas. As versões de entrada eram equipadas com o 1.0 flex, que desenvolvia até 80 cv de potência e 10,5 kgfm de torque. O consumo médio declarado pelo Inmetro era de até 11,9 km/l na cidade e de 13,4 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina.

As configurações mais caras eram movidas pelo 1.6 de até 106 cv e 15,5 kgfm, que tinha médias de consumo de gasolina de até 10,6 km/l em ciclo urbano e de 12,5 km/l em percurso rodoviário.

Durante um breve período, o motor 1.6 chegou a ser oferecido com o câmbio automatizado Easy-R de cinco marchas, tanto no Sandero quanto no sedã Logan. Essa transmissão vendeu muito pouco e foi motivo de críticas por parte dos proprietários dos modelos, que reclamavam principalmente dos trancos nas trocas de marchas.

Dentre as versões havia a variante aventureira Stepway, que se diferenciava pelo visual mais robusto, composto por para-choques com apliques prateados, molduras nas caixas de roda, racks no teto e suspensões elevadas.

Para se distanciar um pouco da imagem de marca de carro popular (ao menos na América Latina), a Renault apresentou, em 2015, o divertido Sandero RS. Do hatch, essa versão tinha apenas a “casca”, uma vez que o conjunto mecânico era todo modificado. A calibragem da direção elétrica e das suspensões foi desenvolvida pela Renault Sport, divisão de alto desempenho da marca na França; os freios traseiros a tambor foram substituídos por discos.

O motor escolhido para o Sandero RS era um velho conhecido: o longevo F4R 2.0 16V aspirado, que já equipou a minivan Scénic e o SUV Duster. O propulsor de 150 cv de potência e 20 kgfm de torque, conectado ao câmbio manual de seis marchas, proporcionava aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 8 segundos e velocidade máxima de 200 km/h.

Além do motor mais potente e do chassi aprimorado, o Sandero RS também tinha adereços visuais exclusivos, como adesivos nas laterais, luzes diurnas de LED no para-choque dianteiro; ponteira dupla de escape, aerofólio e rodas de liga leve de 17 polegadas pintadas de preto. O interior trazia novo volante e bancos dianteiros do tipo concha com grafismo “RS” nos encostos de cabeça. O Sandero RS saiu de linha em 2021, após 4.600 unidades vendidas.

Em 2019, o Sandero de segunda geração passou por uma reestilização. A dianteira ganhou faróis com luzes diurnas em LED, nova grade e para-choque redesenhado. O interior recebeu melhorias, ainda que discretas, no acabamento e central multimídia atualizada. Todas as versões passaram a ser equipadas de série com airbags laterais, enquanto as variantes com motor 1.6 ganharam controles de estabilidade e tração.

Na linha 2020, apenas a versão RS manteve a antiga motorização, uma vez que o Sandero passou a utilizar os novos propulsores SCe de 1,0 e 1,6 litro.

O SCe 1.0 aspirado de três cilindros era uma versão atualizada do motor do subcompacto Kwid (70 cv). No Sandero e no Logan, esse propulsor gerava 82 cv e 10,5 kgfm, prometendo consumo 19% inferior ao comparação com o antigo 1.0 de quatro cilindros.

Nas versões mais caras, o SCe 1.6 16V (uma variante do motor do Nissan Kicks) entregava até 118 cv e 16 kgfm de torque e contava com sistema start-stop para reduzir o consumo de combustível. Desta vez, a motorização 1.6 podia ser combinada a um câmbio automático CVT.

Embora as demais versões tenham sido descontinuadas em 2023, o aventureiro Stepway segue à venda como se fosse um modelo à parte do Sandero. O compacto está disponível a partir de R$ 84.470 apenas na versão Zen com motor 1.0, como apurado por Autoesporte.

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O Renault Sandero pode ser considerado como opção de compra por quem não se importa com a desvalorização na hora de revender um carro que já deixou de ser fabricado. De resto, o hatch é espaçoso e a sua mecânica simples e robusta não costuma apresentar sérios problemas em carros que passam pelas manutenções preventivas. As peças de reposição são abundantes e não são caras.

As versões com motor 1.0 são as mais procuradas por motoristas de aplicativos devido ao menor consumo de combustível, por isso devem ser evitadas pelo risco de adquirir um carro que possa ter rodado altas quilometragens sem ter passado pela manutenção adequada. Se o orçamento permitir, escolha as versões 1.6 que são mais equipadas e, no caso do Stepway, as suspensões elevadas lidam melhor com a buraqueira das ruas brasileiras.

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Fonte: direitonews

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