Renault Oroch Iconic 1.6: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir


A Renault Oroch acabou derrotada por Chevrolet Montana e Fiat Strada no comparativo das picapes turbo com câmbio automático por ter menos equipamentos e ser cara demais. Mas será que o mesmo vale para outras versões da caminhonete de origem francesa produzida em São José dos Pinhais (PR)?

Autoesporte testou a configuração Iconic 1.6, a mais nova adição à linha e mostra cinco razões para comprar e cinco motivos para fugir da picape intermediária de R$ 129.490. O preço, inclusive, já subiu em relação ao lançamento, em março, quando foi anunciada por R$ 127.800.

1- preço

O preço é exatamente um dos maiores atrativos da Oroch Iconic. Pelos quase R$ 130 mil, o cliente tem à disposição a Chevrolet Montana de entrada, também equipada com câmbio manual. Porém, como toda versão básica, a concorrente é menos equipada. A Fiat Strada pode até ser R$ 10 mil mais barata, mas é consideravelmente menor e menos potente.

2- câmbio manual em versão completa

Carros com câmbio manual estão ficando raros no Brasil e, em quase todos os casos, quando oferecido, estão restritos às configurações mais básicas dos modelos (como a Montana citada acima). Com a Oroch, a Renault fez um movimento inverso. Aplicou a boa caixa de seis marchas em uma versão mais equipada, Iconic. Ainda que os engates não sejam os mais precisos do mercado, esse câmbio consegue tirar o que pode do limitado motor 1.6.

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3- equipamentos de conforto

A versão Iconic é a segunda mais cara da linha Oroch, abaixo apenas da Outsider, única opção com motor 1.3 turbo para a caminhonete. Porém, as duas compartilham boa parte dos itens de série. Ar-condicionado digital, faróis com acendimento automático, sensor de chuva, rodas de 16 polegadas, controlador de velocidade, central multimídia de 8 polegadas com conexões sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e câmera de ré formam um pacote condizente com o preço.

4- versatilidade

A Renault Oroch pode ser a picape ideal de quem acha modelos médios, como Ford Ranger e Toyota Hilux grandes demais, porém, precisa de mais espaço do que Strada e Montana oferecem. Com 4,72 metros de comprimento e 2,83 m de comprimento, se encaixa muito bem nas grandes cidades e provavelmente vai evitar brigas com os vizinhos por vagas de garagem. De quebra, o diâmetro de giro de 10,7 metros torna a tarefa de manobrar menos penosa. Como referência, a Strada, que é cerca de 30 cm menor, faz o mesmo giro em 10,8 metros.

5- picape que pode ser usada como picape

Nesse item específico, o “alvo” é a Montana. Isso porque a picape da Chevrolet não é hábil para acoplar e puxar reboque. No caso da Renault, o implemento com carga pode ter até 710 kg. Por fim, se a caçamba de 683 litros perde para a concorrência, a capacidade de 680 kg é superior. O único deslize da marca francesa é não oferecer tração 4×4, como faz na Argentina.

1- desempenho

Falando em deslizes, chegamos aos pontos negativos da Oroch. E o primeiro deles é o desempenho proporcionado pelo motor 1.6 de 120 cv de potência que sofre para empurrar os 1.366 kg da picape. Segundo a Renault, são necessários 11,8 s para ir de 0 a 100 km/h. Ainda que o câmbio faça um bom trabalho ao gerenciar potência e torque, não existe milagre, e a picape, quando carregada, sofre para embalar. De quebra, o consumo é bem pior que o da Strada 1.3 manual. Confira na tabela abaixo:

2- itens de segurança

A Renault também não se esforçou muito para rechear a lista de itens de segurança da Oroch. Se sobra conforto com itens incomuns nessa faixa de preços, faltam recursos para reforçar a segurança de quem vai a bordo (ou de pedestres e outros veículos). A versão Iconic tem apenas itens exigidos por lei, como airbags frontais e controles de tração e estabilidade. Não há bolsas adicionais ou qualquer assistência à condução, como frenagem de emergência.

3- acabamento

A simplicidade também dá as caras na cabine da Oroch. Na reestilização de 2022, em vez de aplicar todas as mudanças que o Duster recebeu meses antes, a Renault optou por alterações mais econômicas. Assim, o visual ficou diferente por dentro e por fora. Na cabine, por exemplo, o antiquado quadro de instrumentos é o mesmo do finado Captur. O porta-objetos no console não é tão prático. Por fim, o acabamento tem muitos plásticos duros e alguns encaixes imprecisos.

4- visual

Quem esperava que a Oroch adotasse o mesmo visual do Duster em 2022, certamente ficou decepcionado. A Renault promoveu um facelift discreto na picape intermediária, que conservou vários elementos do modelo anterior, como os faróis. Grade e para-choque foram redesenhados. E só. Atrás, a Oroch mudou menos ainda. As lanternas têm novo padrão de iluminação e o santantônio foi redesenhado – e nada mais.

5- sucessora a caminho

Se a reestilização foi discreta, há outra notícia que pode fazer você desistir da Oroch. Uma nova geração está a caminho. Tudo bem que o lançamento deve acontecer apenas depois de 2026, mas a Renault já trabalha em uma picape totalmente nova. Tão nova que a produção vai migrar de São José dos Pinhais (PR) para a Argentina. O desenho foi antecipado pela conceito Niagara, apresentado em 2023.

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Fonte: direitonews

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