Renault Niagara: picape híbrida rival da Toro vai conviver com a Oroch


Quando o conceito da Renault Niagara foi apresentado, em 2023, a imprensa rapidamente a posicionou como uma picape intermediária que seria uma espécie de sucessora da Oroch, derivada do Duster. Mas não será exatamente o caso. Ambas as caminhonetes vão conviver no mercado brasileiro, de acordo com Pablo Sibilla, presidente da marca na Argentina, país no qual a produção da Niagara já está confirmada a partir de 2026.

A estratégia faz sentido quando pensamos que o projeto Niagara — este ainda é um nome provisório, que pode ser mudado na versão de produção — prevê uma caminhonete com porte similar ao da Fiat Toro: cerca de 4,95 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,70 m de altura e entre-eixos já estabelecido em 2,95 m.

Recentemente, o flagra de uma mula esticada do Duster de terceira geração deixou claro como será o porte da futura picape. Os preços da Niagara devem ficar entre R$ 150 mil e R$ 180 mil.

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Já a Renault Oroch é um bocado menor: 4,70 m de comprimento (-25 cm), 1,82 m de largura (-3 cm), 1,63 m de altura (entre 5 e 7 cm a menos) e 2,83 m de entre-eixos (-12 cm).

Assim, enquanto a Niagara usará sempre motor 1.3 turbo flex de 170 cv, podendo adotar uma variante híbrida leve de 48V desse conjunto, já em testes no Brasil, a Oroch deve sobreviver com motor 1.6 SCe aspirado flex de 120 cv e foco nas vendas diretas a frotistas. Os valores ficariam entre R$ 120 mil e R$ 150 mil.

Voltando a falar da Renault Niagara, a futura picape intermediária será construída a partir da plataforma modular RGMP, a mesma do Kardian, porém usando como base estrutural os europeus Dacia Duster G3 e Bigster, da mesma forma que a marca fará com o futuro SUV médio nacional (projeto R1312) que será lançado no final de 2025, com produção em São José dos Pinhais (PR).

No fim deste ano, a Renault usará as férias coletivas da fábrica de Córdoba para iniciar os preparativos da linha para o novo produto e, assim, iniciar o fabrico artesanal dos primeiros protótipos com os componentes definitivos. “No fim do ano, vamos fazer a parada técnica na fábrica e começaremos a trazer o ferramental e os robôs para adaptar a planta ao projeto. Vamos investir no ferramental dos fornecedores também”, explicou o executivo argentino.

O investimento para criar a Niagara é de US$ 350 milhões, o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. A meta da marca é produzir 65 mil unidades por ano, destinando mais da metade desse volume à exportação. Boa parte da produção virá para o Brasil.

Segundo Pablo Sibilla, o visual definitivo da Niagara já está definido e terá inspiração no conceito apresentado pela Renault em 2023, mas ainda não há nenhum exemplar com carroceria final pronto. A projeção que ilustra este artigo, meramente ilustrativa, foi gentilmente cedida a esta reportagem pelo perfil @kdesignag.

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Fonte: direitonews

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