O Renault Kwid chegou em 2017 causando rebuliço no mercado automotivo. Com uma proposta agressiva, o modelo assumiu o posto de carro mais barato do Brasil e, desde então, briga por essa posição. Neste ano, a estreia da linha 2026 recolocou o compacto em evidência graças ao seu preço de R$ 79.790. É isso mesmo: o veículo mais acessível do país custa quase R$ 80 mil. E, inclusive, é o único abaixo desse valor.
O preço é cobrado pela versão básica Zen, que é equipada com o mesmo motor 1.0 aspirado e câmbio manual das demais versões. A opção, contudo, é bem mais simples em termos de equipamentos. Aliás, nesse aspecto, se comparada ao mesmo modelo do ano passado, a configuração já perde em conteúdo.
Em vez do rádio com bluetooth de série, a configuração passou a ter apenas a espartana “preparação para o som”. Para amenizar a saída do item, o compacto de entrada tem quatro alto-falantes — em vez dos dois das linhas anteriores. Além disso, a versão também perdeu a tomada 12V, que deu lugar a uma porta USB. Mas será que isso impacta na avaliação geral do Kwid básico?
Fomos até uma concessionária da Renault no Rio de Janeiro para entender. Na loja da rede Leauto, no bairro da Abolição, Zona Norte da capital fluminense, encontramos uma unidade da configuração de entrada.
Segundo o gerente de vendas da concessionária, a versão tem saída rápida, por isso não é tão fácil encontrá-la exposta. O modelo que achamos na cor Preto Nacré, inclusive, já aguardava a retirada do comprador.
Por fora, o Renault Kwid Zen mantém o visual harmônico das linhas anteriores. A versão tem luzes de circulação diurna em LED e faróis com lâmpadas halógenas, assim como acontece com o restante da gama. A grade da Zen, contudo, é mais simples e tem acabamento em preto fosco.
Nas laterais, as maçanetas e os retrovisores são pintados de preto. As rodas de aço 14 polegadas têm calotas em cinza escuro. A traseira usa lanternas convencionais, com luzes halógenas e incandescentes — a partir da versão Intense, a iluminação tem elementos em LED.
E é no interior, como já mencionamos, que mora a simplicidade do Renault Kwid. A cabine do compacto tem plástico em todas as superfícies. O material tem pouca variação de texturas e os bancos são de tecido e com costuras contrastantes em vermelho. Há um bom encaixe para costas e pernas.
O quadro de instrumentos apresenta dois mostradores analógicos nas extremidades e uma tela digital ao centro. Sem o rádio bluetooth de série, a versão vem com uma capa cobrindo o espaço que acomodava o equipamento no centro do painel. O console central tem um porta-copos e um porta-objetos pequeno. No mesmo espaço, onde ficava a tomada 12V, o Kwid tem uma porta USB-C. O ar-condicionado é analógico.
Dentro da proposta de carro básico, o Renault Kwid Zen 2026 também vem com retrovisores manuais, assim como os vidros das portas traseiras. As portas dianteiras têm vidros por acionamento elétrico, mas os comandos seguem no painel.
Ao menos, a versão de entrada tem quatro airbags, sendo dois frontais e dois laterais, Isofix, freios ABS, controles eletrônicos de estabilidade e assistente de partida em rampa. Há ainda o sistema de monitoramento de pressão dos pneus. direção da versão é elétrica e há sistema start-stop.
Dentro da proposta de carro compacto, o Kwid tem 3,73 m de comprimento, 1,58 m de largura e apenas 2,42 m de entre-eixos. A altura é de 1,48 m e a vão livre em relação ao solo tem 18,5 cm. Segundo a Renault, o porta-malas leva até 290 litros. Ou seja, bem parecido ou superior à capacidade de alguns concorrentes. Rival direto, o Fiat Mobi leva menos: 215 litros.
O compacto usa um motor 1.0 aspirado flex, três-cilindros, 12V, que entrega 71 cv de potência e 10 kgfm de torque com etanol. Abastecido com gasolina, o conjunto rende 68 cv e 9,4 kgfm. O transmissão combinada com o motor é manual de cinco marchas.
O trunfo do Kwid está, sem dúvida, no consumo. Conforme dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o modelo faz em perímetro urbano 14,6 km/l com gasolina e 10,4 km/l abastecido de etanol. Na estrada, as médias sobem para 15,5 km/l e 10,8 km/l, respectivamente com gasolina e etanol. A capacidade do tanque do compacto é de 38 litros.
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Fonte: direitonews
