Renault Duster não trocará de geração tão cedo no Brasil, diz CEO da marca


O Renault Duster já chegou à terceira geração na Europa, onde é vendido como Dacia em boa parte do continente, e com a marca francesa na Turquia. Aqui no Brasil, no entanto, ele não chegará tão cedo. Pelo menos não com esse nome. Quem garante isso é Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, ao podcast CBN Autoesporte.

“A gente acabou de lançar uma nova fase do Duster aqui no Brasil em janeiro de 2024. É um carro que teve mudanças no design exterior e interior. O Duster é um carro que tem quase que uma marca no Brasil, é bastante conhecido pelo espaço interno e pela robustez. Além disso, a gente colocou um novo motor [1.3 turbo] que também está ajudando nas vendas”, explicou.

As mudanças incluem faróis de LED e lanternas com novos grafismos como itens de série. Há um novo friso cromado na região da grade frontal, bem como detalhes acinzentados nos para-choques. Confira as versões, preços e equipamentos do novo Renault Duster clicando aqui.

Outra novidade é que todas as versões passam a ter seis airbags (frontais, laterais e cortina). Até a linha 2023, o SUV era oferecido com apenas as duas bolsas frontais, obrigatórias por lei. O Duster também recebeu quatro portas USB, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré e central multimídia de oito polegadas (com Android Auto e Apple CarPlay).

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Essas mudanças devem manter o Duster atual em linha pelo menos até 2028, segundo apurou a Autoesporte. Mas isso não significa que o Brasil ficará sem a terceira geração do modelo, que já foi lançada na Europa como novo Dacia Duster e também deve aparecer na Índia nos próximos meses.

A questão é que o Duster G3 gringo não terá este nome no Brasil. Sua plataforma será usada como ponto de partida para um novo SUV médio, feito sobre a mesma matriz CMF-B que estreou no Kardian. A estrutura será a mesma do Duster G3, mas com mudanças visuais nos balanços dianteiro e traseiro.

Então este novo SUV nacional, ainda sem nome definido, atende pelo código interno de projeto D1312. Será lançado no Brasil em 2025 e terá estilo SUV cupê. Do Duster de terceira geração, o novo modelo herdará praticamente toda a carroceria e a cabine, porém com soluções visuais distintas.

Assim como o Duster III, o futuro SUV cupê nacional da Renault deve ter pouco menos de 2,66 metros de entre-eixos. Curiosamente, é uma redução de 1,6 cm em relação ao Duster atual, mas ainda uma dimensão que ficará dentro da média do segmento de SUVs compactos-médios, que tem o Compass e o Toyota Corolla Cross na casa de 2,64 m, e o Volkswagen Taos com 2,68 m.

Teto, longarinas, colunas e portas laterais serão os mesmos, mas o modelo brasileiro terá um balanço dianteiro inédito, mais próximo ao do conceito da picape Niagara, com direito a faróis, capô, grade e para-lamas exclusivos. Para se ter uma ideia de como será, a Renault disse que o Kardian inaugurou um novo padrão visual para a marca no Brasil.

Espichado para ter estilo cupê, o projeto D1312 deverá ter comprimento acima de 4,40 metros, acima dos 4,34 m do novo Dacia Duster europeu. Já o porta-malas deve subir de 472 para mais de 500 litros. A altura ficará acima de 1,65 m de largura, entre 1,80 m e 1,85 m.

O modelo também deve aproveitar a motorização híbrida plena (HEV) do novo Renault Duster turco. Lá, o SUV usará um conjunto híbrido da família e-Tech, formado pelo conhecido motor 1.6 SCe naturalmente aspirado, que no Brasil já é flex.

A diferença é que ele passa a operar em ciclo Atkinson, que retarda o tempo de expansão da câmara e encurta o de compressão. Com isso, a potência cai de 118 cv para 91 cv e o torque, de 16,2 para 14,7 kgfm. A ele se alia um motor elétrico de tração com 69 cv de potência e 20,9 kgfm. A potência combinada fica em 143 cv com gasolina. Com uso de etanol, a potência máxima poderia chegar a 145 cv.

O banco de baterias de íons de lítio, com 1,2 kWh de capacidade, permite que cerca de 80% das acelerações e retomadas do novo Renault Duster E-Tech ocorram em modo elétrico, o que deixaria o consumo de combustível acima dos 20 km/l.

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Fonte: direitonews

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