Renault Duster 2026: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


O Renault Duster foi um dos primeiros SUVs compactos no Brasil e o primeiro rival mais sério do Ford EcoSport. Apesar da troca de geração em 2019 – que, para muitos, não passou de uma reestilização profunda, visto que a plataforma B0 foi mantida –, o modelo demonstra o peso da idade contra rivais de projeto mais novo, como Honda HR-V, Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross.

Tanto que, em 2025, o Renault Duster tem sido mero coadjuvante nas vendas. Foram cerca de 4,6 mil unidades emplacadas no primeiro trimestre — o que o deixa fora da lista dos dez carros mais populares do país no ano em seu segmento.

Já comercializado como linha 2026, o SUV compacto teve os dois motores recalibrados para atender ao Proconve L8. O 1.6 SCe aspirado flex caiu de 120 cv para 112 cv de potência máxima e de 16,5 kgfm para 15,6 kgfm de torque com etanol. Com gasolina, os números baixaram de 118 cv para 109 cv, e de 16,5 kgfm para 15,3 kgfm.

Já o 1.3 TCe turbo flex teve a potência reduzida de de 170 cv para 163 cv com o combustível vegetal e de 162 cv para 156 cv com o derivado do petróleo, enquanto o torque caiu de 27,5 kgfm para 25,5 kgfm com gasolina, mantendo o mesmo número com etanol. Foi justamente um Duster Iconic Plus TCe 2026 que testamos por mais de 1.200 km. Confira os prós e contras de nossa experiência com o SUV:

Não, o preço de R$ 171.290 cobrado pelo Duster Iconic Plus 1.3 TCe não pode ser considerado barato. Entretanto, quando observamos que rivais como Volkswagen T-Cross Highline 250 TSI, Hyundai Creta Ultimate 1.6 TGDi e Honda HR-V Touring 1.5 Turbo já flertam com os R$ 200 mil, o preço da versão mais cara do Renault não parece mais tão hostil assim.

Além disso, o Duster possui uma cesta de peças e custos de revisões entre os mais baratos da categoria, conforme atestamos no mais recente estudo Qual Comprar.

Esta parece ser um afirmação axiomática: o Renault Duster é o SUV compacto mais espaçoso no Brasil. Com dimensões de 4,38 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,69 m de altura e 2,67 m de entre-eixos, é um modelo com porte próximo ao de um Jeep Compass e, a bem da verdade, até mais espaçoso que alguns SUVs médios. Isso vale tanto para a cabine em si quanto para o porta-malas com excelentes 475 litros.

Sim, o Duster 1.3 turbo perdeu potência na linha 2026. Tanto que o 0 a 100 km/h oficial, 9,5 segundos, é 0,3 segundo pior que o do predecessor. Entretanto, o SUV continua andando muito bem, obrigado.

Boa parte de nosso teste foi feito em rodovias e sentimos zero dificuldade para acelerações, retomadas e ultrapassagens. O casamento com o câmbio CVT de oito marchas simuladas é ótimo e, mesmo com a adaptação ao PL8, o SUV não apresenta o famoso delay de acelerador que se tornou característico em alguns concorrentes.

O Renault Duster é um dos SUVs compactos que proporcionam melhor visibilidade, pois tem áreas envidraçadas generosas, um para-brisa amplo e retrovisores externos maiores do que a média. Para quem gosta de dirigir com sensação de segurança, além de estar em um ponto H elevado, é uma das escolhas mais certeiras.

O segmento de SUVs compactos pode ser povoado e desmembrado cada vez mais, mas uma coisa nunca muda: o Duster é o carro mais robusto da categoria, considerando os produtos de tração dianteira. Desenvolvido pela Dacia, no leste europeu, tem 23,7 cm de vão livre do solo, 30 graus de ângulo de ataque, 34,5 graus de ângulo de saída e 22 graus de ângulo ventral, além de um conjunto de suspensão que aguenta o tranco em terrenos mais acidentados.

Ao longo dos anos, a ergonomia do Renault Duster até evoluiu, com bancos de abas mais generosas e comandos dos retrovisores reposicionados no painel em vez do console central, mas continua a ser um dos pontos mais sensíveis do SUV.

O motorista dirige com o corpo levemente torto em relação aos pedais; a central multimídia é baixa demais para a altura do olhar; e é quase impossível mexer no freio de estacionamento sem bater no apoio de braço. Isso sem falar nos polêmicos comandos satélites à direita da coluna de direção

Além de mal posicionada, a central multimídia do Renault Duster 2026 tem uma resolução de tela abaixo da média, apresentando travamentos constantes. Além disso, as interfaces Android Auto e Apple CarPlay já podem funcionar sem fio, mas operam de modo intermitente e, vira e mexe, acabam caindo, demandando uma reconexão.

Difícil ter uma condução econômica com um Renault Duster. Em nosso teste, fizemos 10,1 km/l com gasolina rodando mais de 1.000 km por rodovias bem pavimentadas e de bom fluxo. Uma dica: use as dicas do “econômetro” na central multimídia para otimizar o consumo e se aproximar dos 12,3 km/l em estrada homologados no Inmetro. Com etanol, são 8,6 km/l. Em ciclo urbano, temos 10,9 km/l e 7,5 km/l, respectivamente.

Para um carro de mais de R$ 170 mil, o Duster Iconic Plus entrega um acabamento demasiado simples. Ok, há couro sintético nos bancos e algumas partes suaves ao toque nos painéis, mas predomina o plástico rígido e há algumas rebarbas, típicas de um projeto mais antigo.

O Renault Duster Iconic Plus 2026 tem quatro câmeras (frontal, laterais e traseira) que poderiam ser muito boas no auxílio a manobras. Contudo, a qualidade das imagens deixa a desejar, especialmente à noite, e isso compromete um pouco os benefícios do sistema, embora ele ainda seja bem-vindo.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Ferrari e Rolls-Royce: PF apreende carrões em operação no INSS
Próxima Léo Lins defende Danilo Gentili, diz que Juliana foi ingrata e relembra que produtora não a queria após concurso de assistente: “Ele brigou por ela desde 2012”