O Renault Boreal é um dos lançamentos mais importantes de 2025 para a indústria automotiva. O SUV médio, inclusive, já tem até data oficial e local definidos para ser apresentado globalmente: 10 de julho em São Paulo. Enquanto isso não acontece, Autoesporte mostra agora cinco informações importantes sobre o carro que será rival de Jeep Compass e Toyota Corolla Cross.
Antes da estreia, vários flagras do Renault Boreal já foram feitos no Brasil. Ainda que o carro tenha bastante camuflagem, é possível perceber através das imagens que o SUV terá uma grade composta por filetes horizontais com logotipo do losango na fabricante francesa em destaque no centro.
Os elementos serão similares ao do Dacia Bigster, um SUV vendido na Europa, mas com visual único pensado para o Brasil. Isso porque seus balanços dianteiro e traseiro têm diferenças consideráveis em relação ao irmão europeu. Mas as rodas e as portas com maçanetas embutidas na traseira, por exemplo, são heranças.
Internamente, os painéis e bancos também virão herdados do modelo da Dacia, porém com mudanças de estilização e materiais de acabamento ao gosto dos brasileiros.
Além disso, o Boreal terá a estrutura monobloco do SUV comercializado pela subsidiária romena. Portanto, suas dimensões deverão ser mais ou menos as seguintes: 4,60 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,70 m de altura e 2,70 m de entre-eixos.
O Renault Boreal vai usar a plataforma RGMP, uma derivação da matriz CMF-B que já existe na Europa. É a mesma arquitetura do Kardian, lançado em 2024 e vencedor da última edição do Carro do Ano.
Já o motor será o conhecido 1.3 TCe turbo flex da Renault, que equipa as versões mais caras do Duster. O propulsor é produzido no Brasil pela divisão Horse desde o início deste ano e recentemente foi atualizado por conta das regras do Proconve L8. Com isso, teve a potência máxima reduzida de 170 cv para 163 cv no etanol, e de 162 cv para 156 cv na gasolina. O torque é de 27,5 kgfm e 25,5 kgfm, respectivamente.
O câmbio será automatizado de dupla embreagem EDC, com seis marchas, no mesmo padrão já adotado no Kardian, enquanto a tração será somente dianteira. Entre 2026 e 2027, o Boreal ainda vai adotar um sistema híbrido leve, conforme antecipamos.
Em relação aos equipamentos, o vice-presidente de engenharia da Renault na América Latina, Antônio Fleischman, informou, ao programa CBN Autoesporte, que o Boreal terá um pacote Adas de segurança ativa mais completo que o do Kardian.
Portanto, além de frenagem autônoma de emergência e alerta de saída de faixa, o SUV médio deve ainda trazer itens que vão além do controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e alerta de ponto cego. O que também já sabemos é o que carro terá massagem no banco do motorista na configuração topo de linha.
“Com relação aos dispositivos Adas, temos uma gama de [outros] dispositivos, como o lane keeping assist [assistente de permanência em faixa], que com certeza teremos em nosso novo produto do segmento C, onde teremos um consumidor mais exigente e com mais disposição de recursos para poder pagar isso”, afirmou Fleischman.
Caso nada mude até o lançamento, os preços do Renault Boreal devem ficar entre R$ 180 mil e R$ 200 mil. A título de comparação, o Jeep Compass parte de R$ 189.990 e chega a custar R$ 347.300 em sua opção híbrida plug-in. Já o Toyota Corolla Cross não sai de uma concessionária por menos de R$ 179.190, enquanto a versão mais cara do modelo japonês, a XRX Hybrid, custa R$ 219.890.
Ainda que o Boreal seja apresentado em julho, a produção do SUV na fábrica de São José dos Pinhais (PR) começará apenas no terceiro trimestre. Por isso, a chegada às lojas e o início das vendas deve acontecer somente por volta do mês de outubro.
Vale lembrar que o SUV é um projeto criado e pensado para o mercado brasileiro e, justamente por isso, será lançado primeiramente aqui. No entanto, na sequência, chegará aos demais mercados da América Latina e de outras regiões, totalizando a comercialização em cerca de 70 países.
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Fonte: direitonews