O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professor Evandro Aparecido Soares da Silva, recebeu na tarde desta quinta-feira (02) professores do Instituto de Saúde Coletiva (ISC), da Universidade, e servidoras da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), para tratar de assuntos referentes às ações voltadas à saúde da população indígena de Mato Grosso. Na oportunidade, professores apresentaram projeto de extensão em desenvolvimento na Universidade, e discutiram demandas pertinentes.
“Tive a oportunidade de falar sobre a reunião realizada no Ministério da Saúde, que foi uma aproximação no sentido de buscar quais principais necessidades do órgão para esse ano, em que foi elencado como exemplo o Plano Nacional de Imunização. Nessa direção, discutimos a possibilidade do desenvolvimento de projetos de extensão e pesquisa onde a UFMT pode ser protagonista principalmente na área indígena em Mato Grosso, e com isso dar um avanço na produção do conhecimento e com reflexos no desenvolvimento de forma geral”, ressaltou o reitor da UFMT.
Também presente na reunião, a vice-reitora da UFMT, professora Rosaline Rocha Lunardi, falou sobre a importância das demandas apresentadas pelos professores e pesquisadores da Instituição. “São proposições de nossos docentes e também de parceiros, como a SES-MT, em quem podemos alinhar diversas iniciativas para institucionalizar e viabilizá-las para de fato alcançar a população indígena e outras populações em situações de vulnerabilidade”, destacou a vice-reitora, complementando que Instituição tem avançado na proposição de ações para a população indígena, mas que a há a necessidade de institucionalização de uma política específica.
Atenção às populações indígenas
A professora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da UFMT, Márcia Montanari, apresentou o projeto de extensão Observatório de Saúde dos Povos Indígenas de Mato Grosso, que é uma parceria com a SES-MT, a Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT), e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).
“Começamos a discutir esse projeto desde o ano de 2021, e em 2022 registramos como Projeto de Extensão na UFMT. A ideia é atuar em duas linhas, sendo o acompanhamento da saúde dos povos indígenas do Estado a partir de dados das bases oficiais, e também daquelas levantadas pelos povos indígenas. Outra linha é voltada para a formação-ação, tanto de profissionais de saúde que atuam nos distritos sanitários, postos de saúde, e demais locais que prestam saúde a essa população”, ressaltou a professora, complementando que o projeto alcança principalmente os estudantes da área da saúde da UFMT.
A professora contou ainda que para esse semestre acontecerão ações do projeto. “Faremos uma roda de conversa com estudantes da área da saúde e pajés de algumas etnias, e outra será uma capacitação na área de antropologia da saúde para os profissionais que atuam nos distritos, municípios e estudantes da área. Por último faremos um curso de vigilância popular em saúde para trabalhadores da saúde indígena do Estado”, explicou.
Além do projeto, o grupo de professores do ISC falou sobre a implantação do ambulatório de saúde indígena pelo Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), e sobre a possibilidade de formação de um curso de especialização.
Também acompanharam a reunião a secretária de Comunicação e Multimeios (Secomm) da UFMT, jornalista Maria Selma Alves, a representante da Pró-reitoria de Pesquisa (Propeq), Maria Auxiliadora de Arruda Campos, o professor do Curso de Medicina da UFMT, Reinaldo Mota, e professores do ISC, Juliana Kabad e Reginaldo Silva de Araújo.
A estudante de graduação em Saúde Coletiva da UFMT, Rayssa Andressa de Souza, e as servidoras da Área Técnica de Saúde Indígena da SES-MT, Viviane Francischini e Silvana Cardoso Gomes também estiveram presentes.
Fonte: ufmt