Vídeos divulgados nas mídias sociais mostrando pancadas de chuva em diversos municípios do estado trazem alívio para aos mato-grossenses. O reinício das precipitações também contribui para a retomada das atividades turísticas, uma vez que os incêndios florestais observados nas últimas semanas interromperam algumas atrações, prejudicando o trabalho de guias de turismo, por exemplo.
É o que explica o estudante de engenharia mecânica Fígaro Guilherme, do Rio de Janeiro, que veio ao estado a trabalho e aproveitou para fazer turismo. “É claro que ficamos tristes por vários pontos de visitação estarem fechados, mas as alternativas apresentadas e direcionadas pelo nosso guia de turismo têm feito a nossa viagem valer a pena. Mesmo com a estiagem, a paisagem por onde passamos chamou atenção pela sua beleza, mas o que atrapalhou mais foi a fumaça, que prejudicava a vista das paisagens”.
Para o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio Mato Grosso (Cetur-MT), Luis Carlos Nigro, a divulgação de informações do Corpo de Bombeiros Militar, por meio da Sala de Situação Central do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), evidencia uma situação mais tranquila nas últimas semanas.
“Participamos de reunião no BEA e observamos que os índices de incêndios florestais estão maiores em comparação com o ano anterior, mas a ocorrência de chuvas tende a melhorar a situação. O setor produtivo, em especial os produtores rurais em áreas produtivas regularizadas, está ajudando os bombeiros e brigadistas no combate aos incêndios”, explicou Nigro, que também responde pela presidência do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso (SHRBS-MT).
É importante diferenciar foco de calor de incêndio para entender como está a situação de determinado local. O deputado estadual Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), explica que a propagação de dados equivocados desestimula a vinda de turistas para o estado.
“Um foco de calor é qualquer temperatura registrada acima de 47º (Celsius), ou seja, não é, necessariamente, um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio conta com um acumulado de focos de calor, o que ajuda a aumentar os números divulgados e que acabam alarmando e deixando a população preocupada com a real situação vivenciada no estado. Não podemos negar que a situação é grave, mas nossas forças de combate aos incêndios florestais estão atuando para minimizar esses casos, em razão de o estado passar pela pior seca dos últimos 44 anos”, disse Avallone.
Com a retomada das chuvas em diversos pontos do estado, comunicados circulam nas redes sociais de bate-papo, entre guias de turismo, destacando o retorno das atividades em alguns pontos turísticos, no entanto, ainda com restrição, em razão das trilhas não estarem em condições para realizar visitas a pé.
Fonte: odocumento