“O referendo em si foi anunciado inesperadamente. Este é um movimento preventivo. Pegou todos os nossos adversários de surpresa”, disse Zorin em uma coletiva de imprensa sobre o trabalho do Centro de Situação Pública para Monitoramento de Referendos nas repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) e nas regiões de Zaporozhie e Kherson.
A votação para a adesão à Rússia começou na sexta-feira (23) e continuará por cinco dias, até 27 de setembro. O pedido para a realização imediata de referendos foi feito por assembleias locais.
Segundo Zorin, a sinceridade das pessoas que vão ao referendo impressiona os observadores das regiões, onde se espalham “todo tipo de histórias” sobre a situação nos territórios libertados.
“Você e eu vemos a sinceridade das pessoas que vão votar no futuro junto com a Rússia. E isso é muito importante. Causa uma impressão muito forte nos observadores das regiões onde há todo tipo de história sobre o que está realmente acontecendo conosco”, disse Zorin.
© Sputnik / Ivan Rodionov / Acessar o banco de imagensUma melher registra-se no local de votação, em Kherson, no referendo sobre a adesão da região à Rússia, em 23 de setembro de 2022
Uma melher registra-se no local de votação, em Kherson, no referendo sobre a adesão da região à Rússia, em 23 de setembro de 2022. Foto de arquivo
Vito Grittani, fundador do observatório diplomático internacional, registrado como ONG na Organização das Nações Unidas (ONU), que chegou à Donetsk como observador, afirmou, neste sábado (24), que a ONU não reage de forma apropriada ao que está ocorrendo em Donbass.
“Infelizmente, vemos que a ONU está dormindo. Não se trata apenas de Donbass, mas também de outros países com uma situação semelhante. A ONU não reage de nenhuma forma”, afirmou Grittani durante uma coletiva de imprensa respondendo à pergunta por que é que a ONU não reage aos bombardeios incessantes de Donbass pelo Exército ucraniano.
Conforme Grittani, ele chegou à RPD como observador e ficou convencido de que a parte ucraniana “não para, mesmo vendo que as pessoas vão às urnas”.
“Nós [delegação de observadores da Itália] vamos relatar isso nos nossos países. Também telefonaram para nós, para nossas delegações, dizendo que isso seria perigoso, […] intimidaram”, acrescentou.