Referendos do Donbass pedem uma nova ordem mundial, diz presidente do Fórum Internacional do BRICS


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Antes dos referendos, Moscou disse que o presidente russo Vladimir Putin e o parlamento do país agiriam prontamente e assinariam todos os documentos necessários se as pessoas nas regiões de Donbass, Kherson e Zaporozhie votassem para se juntar à Rússia.
A Sputnik conversou com Purnima Anand, presidente do Fórum Internacional do BRICS — grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — e da Federação Internacional de Clubes Juvenis Indo-Russos (IFIRYC, na sigla em inglês), que visitou Donbass como observadora internacional do referendo e compartilhou uma perspectiva mais global sobre os eventos que se desenrolam lá.
Segundo Anand, que disse ter sido muito bem recebida junto a outros dignitários internacionais no território, a votação foi “muito justa e transparente”, e ficou claro que “as pessoas queriam votar“.
“[As pessoas] não estavam sob qualquer pressão, era [seu] interesse próprio participar dos referendos e se declararem independentes e iguais”, disse Anand, rejeitando a cobertura da mídia ocidental sobre os eventos no local, pois viu os eleitores “dançando e cantando”.
Ação em Vladivostok em apoio aos residentes dos territórios libertados de Donbass e da Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2022

Segundo a autoridade do BRICS, a Rússia deu um “passo humanitário” ao apoiar o povo do Donbass no desejo de decidir o seu próprio futuro, e é também uma enorme contribuição para a futura geração da região obter “igualdade de direitos” e “segurança”, dado que os moradores locais estão sob constantes ataques após o golpe apoiado pelos EUA em Kiev em 2014.
“Estes [referendos] são um apelo para uma nova ordem mundial”, disse Anand, acrescentando que observadores internacionais de cerca de 70 países mostraram interesse na votação, da Europa à África.
RPD e RPL proclamaram sua independência da Ucrânia em 2014 depois de realizar referendos de autodeterminação. Em fevereiro de 2022, a Rússia reconheceu as repúblicas e lançou uma operação militar especial na Ucrânia em resposta aos pedidos de ajuda da população de língua russa.
Ao longo do conflito desde 2014, a Ucrânia realizou operações de colocação de minas, usando, entre outros explosivos, as minas terrestres antipessoal dispersáveis altamente explosivas PFM-1, proibidas pelo Tratado de Ottawa de 1997 e pelo protocolo de 1996 da Convenção de Genebra.
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