Reeleito, Zema diz que ‘muito provavelmente’ vai apoiar Bolsonaro no 2º turno


Reeleito, Zema diz que 'muito provavelmente' vai apoiar Bolsonaro no 2º turno

Governador reeleito de Minas Gerais no primeiro turno com mais de 6 milhões de votos, Romeu Zema (Novo) voltou a criticar o PT e afirmou nesta segunda-feira, 3, que “muito provavelmente” vai apoiar Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial entre o atual presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Zema criticou as gestões passadas de governos petistas, em Minas Gerais sob Fernando Pimentel, e da ex-presidente Dilma Rousseff para justificar sua escolha de votar em Bolsonaro. O apoio ainda não é formal, mas, segundo governador de Minas, as conversas estão adiantadas e a decisão sairá em mais “um ou dois dias”.

“Sabemos que no passado o PT em Minas Gerais foi uma grande tragédia, foi uma das gestões mais desastrosas que o Estado já teve. Como sou mineiro e senti na pele esse desastre, de 2015 a 2018, tenho obrigação de combater um governo que já causou danos enormes”, disse Zema em entrevista à CNN Brasil.

“Eu venho do setor privado e sei mais do que ninguém o desastre que o PT provocou em 2015 e 2016 com mais de 10 milhões de desempregados”, reforçou o empresário, que entrou na política em 2018.

Zema ressaltou que seu principal objetivo é “combater o PT” e, apesar de não estar 100% alinhado ao presidente, quer evitar “que o desastre do passado se repita”. “Não que eu concorde totalmente com as pautas do governo federal, mas estarei, muito provavelmente, ao lado do presidente Bolsonaro. O brasileiro que tem a memória boa sabe que o governo Dilma foi uma tragédia, com a maior recessão e inflação da história”.

O governador mineiro, principal nome do Novo, fará campanha a Bolsonaro a despeito de alguns comportamentos com os quais diz não concordar. Questionado sobre a cruzada de Bolsonaro contra o sistema eleitoral e os ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ele reconheceu que o presidente “às vezes exagera na eloquência” e “vai para o lado da agressividade”. No entanto, o que Zema diz mais temer é o PT, que “age na surdina”.

Desse modo, Lula fica sem palanque para o segundo turno em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País. No primeiro turno, o petista foi o presidenciável mais votado no Estado, com 5.802.571 de votos (48,29%), resultado bastante similar ao nacional. Bolsonaro recebeu 5.239.264 de votos (43,60%).

Como mostrou o Estadão, Zema evitou se envolver na disputa nacional durante a sua campanha, enquanto seu adversário, Alexandre Kalil (PSD) adotou outra estratégia e colou a sua imagem a Lula. O palanque formal de Bolsonaro no Estado era Carlos Viana (PL), mas o chefe do Executivo flertou com Zema em declarações. Disse, por exemplo, em live no fim de setembro, que o governador do Novo fez um “bom trabalho”.

Logo após a definição de segundo turno, Bolsonaro disse que conversaria com Zema.

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