“A mudança no discurso, nas ações, após a eleição, é necessária por uma questão até diplomática mesmo. Porque tem as instituições. Muita coisa que se fala em campanha e a forma como se fala não é uma forma institucional.”
Avanço para a direita na América do Sul?
“No entanto, conhecendo a situação econômica e política da Argentina, fica difícil pensar numa Argentina tão isolada, já que o país vem recebendo ajuda permanente da China em relação à sua economia”, diz Bressan.
“Foi interessante ver como o Milei já reverteu muito do seu discurso. No começo, ele falava em acabar com a inflação imediatamente, com a dolarização da economia, com o fim do Banco Central, e quando ele foi eleito, ainda nem tomou posse, ele já fala que levará dois anos para combater a inflação”, explica a professora.
Similaridades entre Bolsonaro e Milei
“Eu acho que a maior afinidade entre os dois projetos é uma ruptura com o sistema carcomido. O combate à corrupção, uma economia mais liberal. Mas eu acho que o principal mesmo é ruptura com o sistema nefasto e, principalmente, a total aversão ao governo socialista e a um modelo socialista.”
“Há uma grande expectativa de que a Argentina dê um salto em sua economia e esse movimento seja capaz de influenciar o Brasil”, opina Amorim, que já ocupou cargo vinculado ao bloco e preside a Comissão de Segurança Pública da União de Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul (UPM).
Fonte: sputniknewsbrasil