A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Partido Novo, Marina Helena, e a jornalista Raquel Landim, mediadora da entrevista, protagonizaram um debate acalorado sobre a questão do aborto na última quarta-feira (24), durante uma sabatina realizada pelo UOL. (Vídeo no final da matéria).
O ponto central da discussão foi a nova norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) que restringe a realização de procedimentos de aborto legal em casos de estupro após 22 semanas de gestação. Marina Helena criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a resolução inconstitucional, e defendeu a posição do CFM.
“Era para ser uma entrevista sobre São Paulo, mas fui obrigada a ouvir a jornalista do UOL defendendo Alexandre de Moraes e o aborto após 22 semanas”, lamentou Marina Helena em seu antigo perfil no Twitter. “É preciso restabelecer a verdade: a resolução do CFM existe e não recomenda o aborto após esse período. Eu estou do lado da medicina; a jornalista indignada, do lado do STF.”
A candidata reforçou sua posição, afirmando que “o aborto legal em casos de estupro e anencefalia é reconhecido em lei. Mas não posso ser favorável ao aborto de bebês com mais de 22 semanas. Nesses casos, defendo atenção e cuidado total à mãe, para que a gravidez chegue a termo, o parto seja realizado e, se for o desejo da mãe, a criança seja encaminhada para um processo ágil de adoção”.
A entrevista foi marcada por diversas interrupções e um clima tenso, com ambas as partes defendendo seus pontos de vista de forma veemente. A jornalista Raquel Landim, por sua vez, argumentou que a decisão do CFM era inconstitucional e que o aborto legal até 22 semanas é garantido por lei.
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Fonte: gazetabrasil