Randi Zuckerberg: ‘É preciso começar a desenvolver o metaverso, ainda que não seja o momento dele’


“Ainda estamos esperando o momento de valor”. Foi assim que a empresária Randi Zuckerberg definiu as expectativas sobre o metaverso, tecnologia que é uma das apostas de gigantes como a Meta, antigo Facebook. Randi, que é irmã mais velha de Mark Zuckerberg, CEO da gigante de tecnologia, trabalhou por 10 anos como diretora de desenvolvimento de mercado do Facebook e foi responsável, entre outras coisas, pelo Facebook Lives, plataforma que permitiu transmissões ao vivo em redes sociais.

“Na posição em que o metaverso está hoje, não tem como ele substituir as tecnologias atuais”, disse Randi. “Mas precisamos lembrar que, no início da internet, demorava sete minutos para carregar uma página. Não precisou 20 anos para termos todos acessos de internet do mundo em segundos pelo celular. O metaverso é assim. É preciso começar a desenvolver a tecnologia, mesmo que ainda não seja o momento dele. Estamos esperando o ‘value moment'”.

Randi foi uma das palestrantes do Asaas Connect, evento que aconteceu em São Paulo na quinta-feira (5) promovido pela Asaas, empresa que usa tecnologia para cobrar contas a receber pelas empresas. Ela também falou sobre a carreira dela e sobre o fato de ser uma mulher no meio do ambiente de tecnologia do Vale do Silício.

“As pessoas acharam insano quando decidi sair, mas eu precisava dedicar mais tempo a outros sonhos, trabalhar com diversidade”, diz. “Eu entrava nas salas de reuniões e era a única mulher”.

Ela também relembrou os primeiros anos na empresa. “Quando Mark me chamou para ajudá-lo no Facebook, o único orçamento de marketing era uma caixa de camisetas com o logo da rede social”, afirmou ela. “Eu vi o Facebook ir de uma empresa de 10 pessoas para uma empresa de 100.000 funcionários”.

Hoje, Randi é CEO da Zuckerberg Media, uma produtora de entretenimento que faz séries, produtos, shows da Broadway e investe em startups early stage que trabalham com tecnologia e arte. “Somos os primeiros na fila para defender criadores sub-representados, amplificar ideias inovadoras e impulsionar líderes emergentes na linha de chegada”, diz no site da Zuckerberg Media.

Novo lançamento da Asaas

Durante o evento, o presidente do Asaas, Piero Contezini e o CEO, Diego Contezini, apresentaram em primeira mão sua nova tecnologia financeira para automatizar todos os processos financeiros de empresas via API: o Asaas FinScale. O projeto, que estava em desenvolvimento desde 2020, oferece uma plataforma que integra e envelopa múltiplas soluções de bancárias, de pagamentos, crédito e automações nos sistemas das empresas. Com a  solução, os clientes poderão explorar uma infraestrutura de pagamentos online em suas plataformas, marketplaces, e-commerces e negócios digitais de qualquer natureza.

Com a evolução na nossa gama de serviços e funcionalidades, identificamos essa necessidade e lançamos a primeira etapa para criar um ecossistema que permita que outras empresas se conectem a essa plataforma”, disse o presidente do Asaas, Piero Contezini, na conferência que lançou o novo produto.

O que é o Asaas

O Asaas é uma fintech que ajuda principalmente pequenas e médias empresas e profissionais autônomos a cobrarem suas contas. “O Asaas é uma secretaria de cobrança para o empreendedor”, afirma Contezini. “Se quiser cobrar uma mensalidade de 2.000 reais, basta informar na plataforma o telefone e o endereço do cliente, e a Asaas vai cobrar”. 

A cobrança é automatizada. Acontece, por exemplo, enviando e-mails ao cliente e dando oportunidade de ele escolher como quer pagar: no Pix, no boleto ou no cartão de crédito. A comunicação também pode se dar por telefone.

Além de cobrar em si, a fintech também permite que o pequeno empresário emita notas fiscais e faça todo processo de cobrança, do início ao fim. 

Empresa faz parte do ranking Negócios em Expansão

O Asaas foi uma das vencedoras do ranking EXAME Negócios em Expansão 2023, levantamento da EXAME do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) e suporte técnico da PwC Brasil.

A empresa ficou na 14ª colocação na categoria de 30 milhões a 150 milhões de reais, com um crescimento de receita líquida de 144%. Em 2021, a receita foi de 48,7 milhão de reais. Em 2022, subiu para 118,9 milhões de reais.

O ranking é uma forma de reconhecer os negócios e celebrar o empreendedorismo no país. Com gestões eficientes, análise de oportunidade, novas estratégias e um bom jogo de cintura, os executivos no comando desses negócios conseguiram avançar no mercado.

Os resultados vieram a público num evento para mais de 400 convidados em São Paulo.

Neste ano, a lista traz 335 empresas de 22 estados, representantes das cinco regiões do país. Em relação ao ano anterior, o número de selecionadas representa aumento de 63%.Veja os resultados:

De 2 a 5 milhões de reais

De 5 a 30 milhões de reais

De 30 a 150 milhões de reais

De 150 a 300 milhões de reais

Novatas

Fonte: exame

Anteriores F1: AlphaTauri tem sexta-feira desafiadora no Catar
Próxima Impactos da revisão do Plano Diretor em pautas climáticas da capital são debatidos em Audiência Pública