Aos gritos de “Rafa, amor e paixão” e também de “bicampeã”, ela recebeu o carinho dos fãs em sua chegada. Emocionada, falou sobre a conquista.
“É um momento muito especial. Depois de poder voltar a treinar e competir, tive um bom desempenho durante a temporada, cheguei confiante para esse campeonato mundial e ter essa recepção aqui tem sido muito bom”, afirmou.
Além da felicidade de voltar a subir no lugar mais alto do pódio, Rafaela exaltou também o grau de dificuldade do torneio.
“Uma competição muito forte com atletas medalhistas das Olimpíadas de Tóquio e do Mundial do ano passado. Isso mostra que tenho condições de chegar aos próximos Jogos Olímpicos e conquistar mais uma medalha”, comentou.
A conquista ganhou um sabor a mais para a judoca em função das dificuldades que precisou superar para voltar a brilhar. Ela encarou uma suspensão de dois anos por doping no fim de 2019. Essa punição custou a presença nos Jogos de Tóquio no ano passado.
Depois disso, Rafaela retornou às competições e levou a prata no Grand Slam da Hungria, o bronze na Geóriga e ainda um terceiro lugar no Pan-Americano. “Sou competitiva desde criança e quando ouço que a Rafaela está acabada, eu cresço para provar o contrário. Tenho muita coisa a entregar ainda.”
De posse da medalha de ouro, o seu objetivo agora são os Jogos de Paris em 2024. “Vamos ver quais vão ser os próximos passos. Como estou em terceiro lugar no ranking, não tenho necessidade de disputar tantos torneios para conseguir a classificação olímpica. Mas não posso pensar que esse título mundial vai me garantir uma medalha em Paris. Então, tenho um trabalho muito duro pela frente”, concluiu Rafaela.