Queda brusca dos estoques ianques da commodity e da cotação do dólar; sinais de desaceleração econômica dos EUA e a expectativa de que o Federal Reserve (bc estadunidense) prosseguirá com o aperto monetário na ‘Terra do Tio Sam’. Essa ‘sopa’ de fatores redundou no avanço das cotações futuras do petróleo, na sessão desta quarta-feira (30).
Enquanto o barril do petróleo WTI, referência ianque, para outubro, subiu 0,58%, a US$ 81,63, o tipo Brent, referência global, avançou 0,39%, a US$ 85,24 o barril.
Segundo analistas, o recuo do dólar foi precipitado pela revisão negativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo semestre (2S23), que apresentou alta de 2,1%, no comparativo anual, sem contar a frustração do mercado com a criação, abaixo do esperado, de 177 mil empregos este mês naquele país.
Também contribuiu para o comportamento desse mercado a redução brusca dos estoques nos Estados Unidos, em 10,584 milhões de barris, reforçada pela redução, em 214 mil barris, dos estoques de gasolina, em contraste com a alta de 1,235 milhão de barris dos estoques de produtos destilados, contrariando a previsão de economistas.
Ao mesmo tempo, o índice DXY – que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos – apresentou retração de 0,35%, a 103,168 pontos, no período do final da tarde de hoje (30). Essa queda acaba favorecendo a demanda por commodities cotadas em dólar no mercado futuro.
Para o analista líder de petróleo nas Américas da Kpler, Matt Smith, “os problemas das refinarias irão aparecer nos números da próxima semana, enquanto a atividade do furacão Idalia deverá ter pouca influência, talvez reforçando a demanda por produtos derivados” do petróleo, já que os consumidores provavelmente se anteciparam ao furacão Idalia na Flórida e encheram os tanques de combustível e geradores de emergência”.
Ao atingir, nas primeiras horas desta quarta-feira (30), a costa do Golfo da Flórida, o furacão Idalia provocou estragos naquele estado ianque, mas não o suficiente para interromper a produção das instalações de petróleo e gás operadas pela Chevron no Golfo do México.
Fonte: capitalist