Quase 70% das rodovias do Brasil não estão em boas condições em 2023


A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou a Pesquisa CNT de Rodovias 2023 com dados bem preocupantes. O estudo indica que 67,5% das rodovias brasileiras têm sua extensão classificada como regular (41,4%), ruim (20,3%) ou péssimo (5,8%), enquanto apenas 32,5% estão como ótimo (7,9%) ou bom (24,6%).

Os percentuais demonstram uma relativa queda no que a CNT classifica como “Estado Geral”, por se tratar de todo o território nacional. Em comparação com os resultados do ano passado, 66% eram classificadas como regular, ruim ou péssimo, e 34% como ótimo ou bom.

Os resultados da 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela CNT e pelo SEST SENAT, analisou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas neste ano, sendo 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais.

A classificação do Estado Geral compreende três principais características da malha rodoviária: pavimento, sinalização e a geometria da via. Levam-se em conta variáveis como condições das placas, acostamento, curvas e pontes.

Em 2023, a avaliação regular, ruim e péssimo dessas características foi: 56,8% (pavimento), 63,4% (sinalização) e 66% (geometria da via). Percentuais que também ficaram próximos aos dos registrados no ano passado: 55,5%, 60,7%, 63,9%, respectivamente.

“A realidade que o estudo expõe reforça o que a CNT vem defendendo há anos: a necessidade de continuar mantendo investimentos perenes e que viabilizem a reconstrução, a restauração e a manutenção das rodovias”, disse a CNT, em nota.

Os principais pontos críticos registrados nas rodovias brasileiras, segundo a CNT, incluem quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas.

O estudo mostra que as rodovias públicas, que representam 76,6% da extensão pesquisada este ano, apresentam percentuais maiores de avaliações negativas (77,1%). Já entre as rodovias concessionadas, que representam 23,4% da extensão pesquisada em 2023, ao todo 64,1% da malha foram classificadas como boa e ótima.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores STJ: Roubo com simulacro de arma configura elementar grave ameaça
Próxima Edelmina Querubim terá 100% de ruas asfaltadas e mutirão já no início do ano