Você se planeja para imprevistos envolvendo batidas no trânsito? Deveria. Com o encarecimento dos carros, os preços das peças de reposição também subiram. Isso inclui faróis, grades, para-choques, para-lamas, capô e outros componentes que são danificados em uma colisão
O especialista em sinistros Leonardo Dias, da CMA Proteção Veicular, elaborou uma tabela de preços de peças de reposição com base nos carros que foram contemplados no programa de incentivo à indústria (confira no fim da matéria).
O pacote de peças da dianteira inclui itens como faróis, capô, para-choque, viga do para-choque, grade superior, grade inferior e painel. Para a traseira, o levantamento considera tampa do porta-malas, lanternas, para-choque e spoiler.
Entretanto, pelas diferenças nos projetos, a quantidade de peças a serem trocadas pode ser diferente entre cada carro.
O balanço revela que a Fiat tem os valores mais elevados para reparar. De acordo com Dias, isso acontece por questões de projeto, logística e pelo fato da marca utilizar várias plataformas.
Enquanto o compacto Mobi é feito sobre a estrutura chamada 327, a dupla Argo e Cronos utiliza as bases MP1 e MPS, respectivamente. Os hatches são feitos em Betim (MG), mas o sedã é produzido em Córdoba (Argentina).
As lanternas traseiras do Argo são divididas em dois blocos: um na região externa da carroceria e outro na tampa do porta-malas. Em algumas colisões, ambas as partes devem ser trocadas, elevando o custo do reparo.
O Volkswagen Polo tem o menor valor de peças de reposição. De acordo com o especialista, isso se deve ao fato da fabricante utilizar a mesma plataforma MQB em quase todos os seus veículos, compartilhando a linha de produção e fornecedores. Diferentemente do Argo, o Polo tem apenas um bloco nas lanternas traseiras.
Outras manutenções ficam mais caras pelo próprio pacote de equipamentos do carro. O Renault Stepway Zen, por exemplo, tem faróis de milha. Em uma colisão frontal, o item extra de segurança (ausente em outros carros da categoria) eleva o valor da manutenção.
Outro exemplo é o da lanterna Hyundai HB20, que se estende por toda a tampa do porta-malas. Em uma batida, todo o conjunto pode ser danificado.
Dias afirma que o preço das peças de reposição é influenciado por fatores como linha de montagem, materiais, logística, estratégias de mercado, políticas de preços e até a disponibilidade dos fornecedores.
“Pesa o fato de que alguns desses veículos ainda não têm tempo suficiente no mercado para que tenham um grande número de peças de reposição disponíveis, o que deixa o proprietário com poucas alternativas além de recorrer às peças da própria concessionária”, esclarece o especialista em sinistros. Este é o caso do Citroën C3, lançado em sua nova geração no ano passado.
“Um descuido no trânsito pode resultar em um prejuízo enorme. Por isso, ressaltamos a necessidade do proprietário contratar um seguro ou fazer parte de uma associação de proteção veicular”, finaliza.
Confira abaixo a tabela com os preços de manutenção dos carros que receberam incentivos do governo, dos mais caros aos mais em conta.
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Fonte: direitonews