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Uma operação conjunta entre as polícias civis de São Paulo e do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (16), o cumprimento de quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada em fraude bancária digital. As ações ocorreram nas cidades paulistas de Itaquaquecetuba, Guarulhos e na capital. Mais de 20 contas bancárias ligadas aos investigados foram bloqueadas.
Segundo a polícia, o grupo criminoso se passava por funcionários de uma financeira para enganar as vítimas, geralmente abordadas por aplicativos de mensagens. Os golpistas enviavam arquivos PDF com contratos falsos em nome das vítimas e, quando surgiam dúvidas, direcionavam as ligações para falsos atendentes que as tranquilizavam, evitando suspeitas.
As vítimas eram escolhidas após os criminosos obterem seus dados pessoais e informações sobre contratos recentes firmados com financeiras legítimas. Utilizando esses dados e contatos telefônicos falsos, os golpistas comunicavam supostas “irregularidades” ou “ajustes no sistema”, solicitando a devolução parcial ou total dos valores depositados, momento em que o golpe se concretizava.
Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram uma falsa central de atendimento, equipada com computadores, mesas, divisórias e material impresso que simulava uma empresa financeira legítima. O local era utilizado exclusivamente para aplicar os golpes, com uma aparência profissional para enganar as vítimas.
De acordo com o delegado César Nogueira, do Rio Grande do Sul, responsável pela investigação, o grupo criminoso atuava de forma “articulada, profissional e contínua”, causando um prejuízo total que ultrapassa R$ 2 milhões, com indícios de lavagem de dinheiro. O delegado também informou que há vítimas em diversas regiões do país, incluindo ao menos três no Rio Grande do Sul.
A Polícia Civil alerta os consumidores para que jamais realizem devoluções de valores sem antes confirmar diretamente com a instituição financeira por meio de canais oficiais. A orientação é de que nenhuma instituição bancária legítima solicita estorno por transferência via Pix, especialmente por aplicativos de mensagens, e que em caso de dúvida, a vítima procure uma delegacia.
Fonte: gazetabrasil