A Coreia do Norte condenou as declarações de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, que, durante sua recente visita oficial à China, disse que Washington tomaria medidas militares contra Pyongyang se Pequim não pressionasse seu vizinho, noticiou no sábado (24) a agência norte-coreana KCNA.
Blinken concluiu recentemente sua viagem de dois dias à China, onde, entre outras questões, abordou a situação na península coreana. Posteriormente, Blinken teve uma conversa telefônica com Park Jin, ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, a quem relatou suas discussões com as autoridades chinesas.
Durante sua visita à China, Blinken fez “comentários ameaçadores” no sentido de que “somente Pequim está em posição de pressionar Pyongyang” e que, caso ela não agisse, “os EUA, juntamente com o Japão e a Coreia do Sul, tomariam medidas militares que a China não gostaria“, disse no comunicado Kwon Jong-gun, diretor-geral do Departamento de Assuntos dos EUA do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte.
“Ao dizer tal bobagem, Blinken mostrou […] que ele não passa de um diplomata de baixa classe que defende a ‘diplomacia’ baseada no poder, que é incapaz de discernir a natureza das relações entre os países”, acrescentou o funcionário norte-coreano.
Kwon aponta como principal causa das tensões na península coreana, não Pyongyang ou seus vizinhos, mas os EUA, que “violaram seriamente a soberania e a segurança da Coreia do Norte”.
Ele advertiu que a resposta da Coreia do Norte será proporcional à “ampla implantação” de recursos militares estratégicos e aos exercícios em larga escala dos EUA na região, que sugerem como estando direcionados contra Pyongyang “sob o pretexto de proteger aliados”.
“A menos que Washington pare de nos ameaçar e violar nossa soberania, ignorando nossos direitos e interesses […] não haverá contenção nem alteração no exercício pela última [Coreia do Norte] de seu direito de autodefesa”, alertou Kwon Jong-gun.
Fonte: sputniknewsbrasil