Proposta prevê impeachment em caso de ataque às instituições


Um anteprojeto elaborado por juristas propõe alterações na Lei 1.079, de 1950, conhecida como Lei do Impeachment para, entre outras coisas, enquadrar a divulgação de fake news contra instituições democráticas como crime de responsabilidade.
Segundo o texto da proposta, são crimes de responsabilidade:

impedir, restringir ou dificultar o regular funcionamento das instituições democráticas;

comprometer sua independência ou autonomia mediante paga ou oferta de vantagem indevida;

usar de violência ou grave ameaça contra seus membros ou ainda violar as imunidades e prerrogativas que lhes são asseguradas pela Constituição;

descumprir ou obstar o cumprimento de ordem ou decisão judicial;

divulgar, direta ou indiretamente, por qualquer meio, fatos sabidamente inverídicos, com o fim de deslegitimar as instituições democráticas;

atentar, por meio de violência ou grave ameaça, contra os Poderes constituídos;

decretar estado de defesa, estado de sítio, ou a intervenção federal, ou empregar as Forças Armadas em operação de garantia da lei e da ordem, sem a observância dos requisitos constitucionais e legais;

praticar quaisquer dos crimes contra o Estado Democrático de Direito, definidos na legislação penal;

constituir, organizar, integrar, manter, financiar ou fazer apologia de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

fomentar a insubordinação das Forças Armadas ou dos órgãos de segurança pública

O texto da proposta foi aprovado em 21 de novembro, por uma comissão de 12 juristas, após oito meses de debate. Segundo noticiou a Agência Senado, o documento foi entregue pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (16), ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta para modernizar a lei partiu de Lewandowski e tem apoio do Senado.
Segundo o ministro, as mudanças visam reforçar o sistema de garantias do processo legal implementado pela Constituição de 1988.
“Nós procuramos adequar este anteprojeto àquilo que a Constituição indica, sobretudo no que diz respeito ao sistema de garantias que ela inaugurou a partir de 1988. Aqui nós temos um conjunto de sugestões sobre as quais os parlamentares podem se debruçar”, disse o ministro.

Fonte: sputniknewsbrasil

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