Projeção: Renault Niagara seguirá passos do Boreal para enfrentar Fiat Toro


Após quase 10 anos de liderança isolada da Fiat Toro, o segmento de picapes intermediárias finalmente ganhará rivais de peso no Brasil. A categoria vem sendo cortejada por diversas montadoras nos últimos anos e a Renault parece ser uma das mais adiantadas nesta corrida. A marca trabalha no projeto da inédita Niagara e deverá colocar a caminhonete no mercado em 2026, tomando o SUV médio Boreal como base.

A novidade foi antecipada por conceito em 2023 e será produzida na Argentina, mais precisamente na fábrica de Córdoba. Por lá, unidades pré-série já estão sendo montadas e os testes de rua com protótipos não devem demorar para acontecer. Detalhes do design serão conhecidos nesta etapa, mas as projeções do designer Kleber Silva (KDesign AG) antecipam desde já como serão as linhas gerais da picape.

Na dianteira, a Niagara de produção conservará boa parte do que já foi antecipado no conceito e que acabou migrando também para o Boreal. Ou seja, faróis bem recortados e integrados ao conjunto, luzes diurnas de LED em pontos separados no para-choque e ampla abertura inferior com revestimento em preto brilhante. Destaque ainda para o capô elevado e o novo logotipo da Renault.

Nas laterais, a projeção antecipa que a picape terá solução incomum para o segmento: maçanetas traseiras embutidas nas colunas. O recurso já é usado no Boreal e deverá chegar à Niagara como um diferencial estético importante diante da concorrência. Ainda de perfil, a picape chamará atenção pelas caixas de roda bem destacadas e caimento inclinado do teto em direção à caçamba, como é típico de caminhonetes monobloco.

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Na traseira, tudo indica que as lanternas serão posicionadas na horizontal (novamente um saída estética fora do padrão das picapes) e interligadas por faixa horizontal iluminada. Já a tampa da caçamba terá abertura convencional, sem repartições como na rival Fiat Toro.

Outra informação importante — e já antecipada por Autoesporte — diz respeito à motorização híbrida da Niagara. A Renault já deu pistas de que a picape será eletrificada e discute que tipo de sistema adotará: um conjunto paralelo (HEV) ou híbrido leve (MHEV) de 48V. Independentemente da escolha, a plataforma RGMP (a mesma do Kardian e do Boreal) já está preparada para receber tecnologias do tipo.

O motor a gasolina, por sua vez, está definido: será o conhecido 1.3 TCe de quatro cilindros com injeção direta da Horse. Entrega 163 cv de potência com etanol e 156 cv com gasolina, com torque de 27,5 kgfm e 25,5 kgfm, respectivamente. O câmbio deverá ser automatizado de dupla embreagem de sete marchas.

Ainda sobre a plataforma, a Renault antecipou que possui estrutura para tração 4×4 e suporte para acomodar veículos com comprimento entre quatro e cinco metros, além de entre-eixos de 2,6 a três metros. A Niagara terá “mais de cinco metros de comprimento”, conforme revelado por Daniel Nozaki, diretor do centro de design da marca.

A expectativa da Renault é lançar a Niagara no segundo semestre de 2026, com produção concentrada na fábrica de Santa Isabel, na Argentina. Por lá, picape intermediária terá aproximadamente 65 mil unidades construídas anualmente.

Desse volume, cerca de 70% serão destinados para exportação e os demais 30% ficarão na própria Argentina. O Brasil será o principal destino estrangeiro da caminhonete, já que é o maior consumidor de picapes da região.

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Fonte: direitonews

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