Ao superar a marca de 500 mil unidades produzidas no primeiro quadrimestre do ano, a produção nacional de motos apresentou crescimento de 3,6% em abril último, no comparativo anual, aponta levantamento divulgado, nesta terça-feira (16), pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), que representa as montadoras de veículos de duas rodas do polo industrial de Manaus (AM).
Por questão estatística, a produção do setor do mês passado, ante março, registrou recuo de 23,4%, o que não impediu que fosse atingida a marca de 519 mil veículos produzidos, de janeiro a abril deste ano, montante 16,8% superior ao de igual período de 2022.
Ao apresentar os números do balanço do setor, o presidente da Abraciclo, Marcos Antonio Bento, enfatizou que o resultado atingido é ‘consistente’ com a meta de produzir, neste ano, mais de 1,5 milhão de motos, o que corresponderia a um avanço de 10% sobre o total produzido no ano passado, além de recuperar o patamar produtivo de 2014. “Estamos em processo de recuperação e comemorando a volta ao patamar de 2014”, comemorou Bento, que assumiu o comando da associação, em março passado.
Entre os fatores que explicam a maior demanda por este tipo de transporte está a franca expansão dos serviços de entrega (delivery), associada à perda de poder aquisitivo do brasileiro, que busca veículos mais econômicos e acessíveis.
Desde o início de 2023 até o momento, já foram vendidos no país 478,2 mil motos, o que equivale a uma alta de 25,1% em relação ao mesmo período de 2022. Tanto no quesito produção como vendas, o setor registra o maior volume em nove anos. Somente em abril, foram emplacadas mais de 121 mil motos (para 107,7 mil, em abril do ano passado), melhor desempenho para este mês em dez anos.
No campo das exportações, foram vendidas para o exterior 3,7 mil unidades, representando queda de 5%, pelo comparativo anual, mas aumento de 32%, em relação a março último. No acumulado do ano, os embarques somaram 14 mil unidades ou queda de 2,8%, no comparativo anual.
Entre os destinos, a liderança coube à Colômbia que respondeu por 27,7% das exportações nacionais, seguida da Argentina (27,2%) e dos Estados Unidos (13,6%).
Fonte: capitalist