Principal parceiro comercial do Brasil, a China vai realizar uma nova rodada de investimentos bilionários no Brasil em áreas que vão desde energia renovável, indústria automotiva, saúde, mineração e alimentos.
Entre os principais, estão os aportes de R$ 5,6 bilhões da Envision para a produção de SAF a partir da cana-de-açúcar. Conforme declaração do ministro da Casa Civil, Rui Custa, ao jornal Folha de S.Paulo, o investimento vai tornar o Brasil um dos principais produtores do combustível no mundo, considerado essencial para a transação energética e cujas diretrizes do setor estão previstas na Lei do Combustível do Futuro, sancionada no fim do ano passado.
O mesmo valor será aplicado no Brasil pela companhia chinesa de delivery Meituan, que vai lançar o aplicativo de comida Keeta, conhecida na China por entregas de alimentos através de drones. A expectativa é gerar mais de 4 mil empregos diretos e outros 100 mil indiretos. No momento, a empresa atua internacionalmente apenas na Arábia Saudita.
Já a montadora chinesa GAC, cujo CEO, Wei Haigang, reuniu-se nesta segunda-feira (12) com o presidente Lula, vai investir quase R$ 7,4 bilhões para produzir carros híbridos e elétricos em Goiás, além de implementar um centro de desenvolvimento e pesquisa no Nordeste do país.
No setor de saúde, foi anunciada a criação do Instituto Brasil-China para Inovação em Biotecnologia e Doenças Infecciosas e Degenerativas, empreendido em parceria entre a brasileira Eurofarma e a chinesa Sinovac. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou à publicação que o acordo vai viabilizar a construção de uma “plataforma binacional de produção de vacinas”.
“Na última década, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil. Trata-se do principal investidor asiático em nosso país, com estoque de mais de US$ 54 bilhões [R$ 306,2 bilhões]“, citou Lula após evento na China, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Veja outros investimentos chineses que serão realizados no Brasil:
A estatal chinesa CGN, do setor de energia nuclear, planeja investir R$ 3 bilhões na criação de um polo voltado à produção de energia limpa, incluindo fontes eólicas e solares, no Piauí;
A Envision pretende destinar até R$ 5 bilhões para erguer um complexo industrial com emissão líquida zero de carbono, que, segundo a ApexBrasil, será o primeiro na América Latina;
A rede chinesa Mixue, especializada em bebidas e sorvetes, projeta aplicar R$ 3,2 bilhões para iniciar suas operações no Brasil;
O grupo chinês Baiyin Nonferrous, do ramo de mineração, anunciou um aporte de R$ 2,4 bilhões com a aquisição da mina de cobre Serrote, localizada em Alagoas.
Fonte: sputniknewsbrasil
