O órgão viu potencial de ilícito eleitoral ou até criminal. O objetivo do procedimento, segundo despacho assinado pela procuradora regional Eleitoral Paula Bajer, é analisar se há irregularidade que justifique uma apuração formal.
“Esclareça-se ao candidato a deputado federal que a apuração é preliminar e nova oportunidade lhe será dada depois de conhecidos e certificados os vídeos”, observa Paula.
A PRE recebeu uma denúncia horas após o episódio. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, também chegou a enviar o caso para a Procuradoria Eleitoral adotar “medidas cabíveis”.
Uma investigação na esfera penal foi aberta pelo Ministério Público de São Paulo. A Assembleia Legislativa do Estado também vai analisar pedidos de cassação do deputado, o que pode deixá-lo inelegível.
A jornalista Vera Magalhães foi hostilizada durante o debate para o governo de São Paulo promovido ontem pela TV Cultura, pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal UOL na última terça-feira, 13.
Com o celular em punho, Garcia grava o momento em que aborda a jornalista para chamá-la de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, reproduzindo os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) há duas semanas.
Entidades da imprensa, presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo repudiaram os ataques e manifestaram solidariedade à jornalista. O candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) também lamentou o episódio. Douglas Garcia entrou no evento com um convite cedido pela campanha dele.