“Inovações que muitas vezes já são produzidas dentro da academia brasileira, tanto civil quanto militar, e que muitas vezes vão direto para o exterior — esses profissionais, porque não encontram um ecossistema melhor desenvolvido aqui dentro do país”, argumenta.
“Tem que ver como isso vai se adequar à doutrina dos RPAS brasileiros. Até onde eu sei não existe ainda uma doutrina pronta com relação ao emprego de RPAS de combate ou que possam empregar mísseis. Simplesmente pelo fato de que isso ainda não foi utilizado, não se aventava essa possibilidade”, explica.
“Eu acredito que no momento ainda é muito importante, ainda é extremamente importante, esse tipo de cooperação, essas joint ventures, ou então até mesmo a capacidade de adquirir sistemas ou componentes de sistemas para poder incorporar esses novos produtos. Nesse caso dos drones de combate, acho que o principal óbice para que o produto seja totalmente nacional é a questão dos mísseis. O Brasil tem uma produção de mísseis embarcados, ou seja, mísseis disparados do ar, que até onde eu sei é muito pouca, senão inexistente.”
“Isso obviamente depende também das condições do contrato, se esse contrato vem com a possibilidade de transferência de tecnologia ou não. Mas geralmente o Brasil tem por hábito fazer contratos com cláusulas offset em que existe algum tipo de contrapartida, seja através da transferência de tecnologia ou a aquisição de algum produto nacional brasileiro. Então, no momento, ainda é necessário isso [parcerias], mas é um projeto, é o planejamento de parte da indústria conseguir ao longo do tempo incorporar essas tecnologias através de diversos mecanismos. Um deles é a transferência de tecnologia”, conclui.
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Fonte: sputniknewsbrasil