Dona de um montante de recursos estimado em R$ 130 bilhões, a previdência privada exibe vitalidade, incomum, pois sua captação cresceu 21,5% em outubro (no comparativo anual), atingindo R$ 3,3 bilhões, apontam dados de relatório recente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), ao observar expansão de 14% do volume de recursos captados nos primeiros dez meses deste ano (R$ 129,7 bilhões) em relação a igual período de 2021.
Em decorrência da alocação massiva de capital (89%), via contratação individual, o produto preferencial do investidor nacional da previdência é o chamado Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), que detém 91% dos recursos totais do mercado.
A análise de especialistas é no sentido de que a captação líquida do mercado, até outubro deste ano, de R$ 28,7 bilhões, é considerada uma margem ‘relativamente’ baixa – em torno de 22% – em que o volume correspondente se manteve estável, ante o ano passado, que cresceu 0,2%.
Ao mesmo tempo, chama a atenção o avanço dos resgates no setor, neste ano, que cresceram 18,5%, chegando a R$ 101,1 bilhões, no período de janeiro a outubro. Tal tendência pode ser explicada pelo fato de os investidores pessoas físicas serem mais ‘sensíveis’ a períodos marcados por adversidades econômicas, que se caracterizam pela perda do poder aquisitivo, acompanhada pela expansão do nível de endividamento da população.
Em compensação, outubro destoa da tendência negativa, ao apresentar maior volume de captações do que de resgastes, uma vez que, enquanto as primeiras totalizaram R$ 9 bilhões (alta de 2,4%, no comparativo anual), as captações somaram R$ 13,2 bilhões no mesmo mês (crescimento de 6,9%), sempre no comparativo anual.
No saldo acumulado até outubro, o mercado de previdência privada detinha R$ 1,2 trilhão em ativos, o que representa um acréscimo de 13,4%, ante igual período do ano passado, com concentração de contratações em planos individuais (80%), mesmo que o índice mensal da atividade tenha exibido recuo de 9 pontos percentuais (p.p.), abaixo da média anual acumulada.
Fonte: capitalist