Presidente Lula conversa com Nicolás Maduro sobre eleições na Venezuela


As eleições previstas para 2024 na Venezuela foram o principal tema de uma conversa entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do país vizinho, Nicolás Maduro, nesta segunda-feira (16).
Segundo informações do governo brasileiro, Lula conversou com Maduro principalmente sobre o processo de negociação entre o governo e a oposição, bem como as tratativas com Washington sobre uma possível diminuição das sanções impostas pelos EUA à Venezuela.
O comércio na fronteira entre os dois países e a resolução de cargas brasileiras retidas nos limites territoriais também foram temas da conversa, que durou cerca de 30 minutos.
Também foram debatidas propostas para a retomada do pagamento da dívida bilateral da Venezuela com o Brasil.
Os mandatários também falaram em acelerar a negociação de um acordo de cooperação e facilitação de investimentos, bem como retomar a exportação de energia elétrica da Venezuela para o Brasil.
Esferas de armazenamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras. Duque de Caxias (RJ), 20 de março de 2013 - Sputnik Brasil, 1920, 12.10.2023

Mídia dos EUA divulga possível alívio em sanções norte-americanas

Também nesta segunda-feira o jornal norte-americano The Washington Post divulgou que os EUA vão diminuir as sanções comerciais contra a Venezuela no setor de petróleo.
Em troca, Maduro assinaria um termo com a oposição — apoiada pelos EUA —, aceitando realizar eleições presidenciais livres e monitoradas internacionalmente em 2024. Caracas não confirmou essa informação.
O jornal informou que o acordo será assinado na próxima terça-feira (17), em uma reunião em Barbados, em que o presidente da Venezuela vai se comprometer em não proibir a candidatura de pessoas da oposição.
Maduro, que governa o país desde 2013, foi reeleito em 2018, mas o resultado não foi reconhecido nem pela oposição, nem pelos EUA.
Ainda segundo o jornal, um funcionário do governo da Venezuela disse que o acordo não inclui planos para descongelar ativos do país, mas que o país sul-americano poderá receber licença para retomar negócios com outros países e os EUA.
Em 2019, os Estados Unidos impuseram uma das piores sanções contra a Venezuela, quando US$ 24 bilhões (R$ 123 bilhões) da empresa estatal de petróleo e gás PDVSA foram bloqueados em bancos estrangeiros.
A Venezuela então apresentou, em 2020, uma queixa ao Tribunal de Haia, que resolve disputas jurídicas internacionais, por conta das restrições impostas pelos americanos.

Fonte: sputniknewsbrasil

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