Enquanto o líder dos EUA falava sobre os esforços de sua administração para melhorar os cuidados com os veteranos e com as pessoas que estiveram no Iraque e Afeganistão, ele fez uma pausa e disse: “Não se preocupem, vamos libertar o Irã.” Ele acrescentou de imediato que “eles muito em breve vão ser libertados por eles próprios”.
Biden não forneceu mais detalhes, mas as pessoas reagiram às suas palavras com aplausos de aprovação.
Em resposta às palavras de Biden de “libertar o país”, o presidente iraniano Ebrahim Raisi disse que o Irã foi libertado durante a Revolução Islâmica de 1979.
“O Irã foi libertado há 43 anos e está determinado a não ser feito refém por você”, disse ele aos partidários da Revolução Islâmica em possível referência a Biden.
Há mais de um mês, o Irã tem sido palco de tumultos, gerados pela morte de uma jovem em uma delegacia. Em 13 de setembro, Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida por usar o véu obrigatório que cobria sua cabeça de forma imprópria, segundo as normas religiosas.
Amini foi transferida para um centro de inteligência policial e militar para uma palestra e neste estabelecimento sofreu uma parada cardíaca. Embora tenha sido imediatamente levada para um hospital, a jovem morreu três dias depois.
Autoridades iranianas acusam países ocidentais de apoiar manifestantes, e de transmitir em seus meios de comunicação mensagens subversivas e anti-iranianas com apelos de derrubar o governo no Irã.
Segundo as autoridades iranianas, os distúrbios foram orquestrados do exterior. Nesse sentido, o Ministério das Relações Exteriores iraniano convocou os embaixadores do Reino Unido e da Noruega, bem como o encarregado de negócios da França, para entregar uma nota de protesto contra as informações anti-iranianas propagadas pela mídia desses países.