Presidente do Equador declara estado de emergência no país


O Decreto Executivo nº 229 não restringe os direitos dos cidadãos, mas prevê o destacamento em todo o país da Polícia Nacional e das Forças Armadas.

O primeiro artigo do texto diz: “Declarar estado de emergência em razão de grave comoção interna e calamidade pública em todo o território nacional causada pela emergência no setor elétrico, a fim de garantir a continuidade do serviço público de energia elétrica.”

A medida, que vigorará durante 60 dias, ordena a mobilização da Polícia Nacional e das Forças Armadas, a fim garantir a segurança das instalações críticas de infraestruturas energéticas “para prevenir sabotagens, ataques terroristas e outras ameaças”.
Membros das Forças de Elite do Exército equatoriano revistam homens durante patrulha em meio aos distúrbios nacionais, nas ruas de Quito, Equador, 11 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2024

Segundo a mídia local, o reservatório de Mazar, o segundo maior do Equador, está no epicentro da crise energética que assola o país.
O Equador enfrenta uma campanha de terror lançada por poderosas gangues do narcotráfico, ao mesmo tempo que o governo tem reduzido seu orçamento de segurança em meio a uma crise fiscal.
Em janeiro, uma emissora de televisão em Guayaquil chegou a ser invadida por homens armados e encapuzados durante uma transmissão. Também há registros de grupos armados dentro de universidades da cidade, quando tentaram assaltar estudantes.
Em 2023, o Equador teve o ano mais violento de sua história, com mais de 7 mil homicídios, o que levou o país a ter um dos maiores índices da América Latina. Há apenas quatro anos, o Equador era um dos países mais seguros da região.
Eleito em outubro do ano passado, Daniel Noboa, de 36 anos, prometeu acabar com os cartéis do país ligados ao tráfico de drogas e ao crime organizado.
Antes considerado um refúgio pacífico em meio aos dois maiores exportadores mundiais de cocaína, a Colômbia e o Peru, o Equador viu os índices de violência explodirem nos últimos anos, com gangues inimigas ligadas aos cartéis mexicano e colombiano. As disputas por controle pioraram a situação.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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