Presidente do BNDES: Brasil deve enfrentar ‘negacionismo econômico’ para promover reindustrialização


Ele chamou de “equívoco grave” e ingênua a visão de que Estado mínimo é capaz de trazer prosperidade a todos.

“Então explica a desindustrialização do Brasil e o crescimento espetacular que a China teve ao longo dos últimos 40 anos. […] Essa ideia de abertura comercial unilateral é ingênua e insustentável no mundo que estamos vivendo”, disse ele, durante anúncio de investimentos pelo setor siderúrgico, em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo ele, a agenda da descarbonização é decisiva para todos os setores da economia, inclusive a indústria, e o maior risco nesse processo é o negacionismo no debate econômico:
“Seria excelente que a OMC [Organização Mundial do Comércio] estivesse funcionado, que o mundo estivesse, de forma coordenada, abrindo a economia, aumentando a eficiência, mas não é isso que aconteceu e não é isso que está acontecendo”, criticou o presidente do BNDES.

“Temos que enfrentar esse negacionismo e começar a tomar medidas mais ousadas e corajosas se quisermos reindustrializar esse país, gerar emprego de qualidade, gerar inovação, gerar investimento em tecnologia, porque o Brasil foi um país que, durante 40 anos, o país que mais cresceu no mundo”, argumentou ele.

No evento, que contou com as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, empresas do setor siderúrgico anunciaram investimentos de mais de R$ 103 bilhões no país até 2028.
Mercadante afirmou ainda que a indústria siderúrgica, durante 25 anos, cresceu 10% ao ano e que o Brasil se perdeu em um “emaranhado” criado desde o consenso de Washington, “que não é consenso nem mais em Washington”, ironizou Mercadante.

“Estamos iniciando a reversão da desindustrialização de que o Brasil foi vítima. Isso vai se aprofundar se não tivermos uma relação mais criativa entre Estado e mercado. Não é voltar ao modelo anterior. Mas [é termos] um Estado que induz, um Estado que seja parceiro, que ajude a financiar e ajude a defender o setor produtivo, porque o protecionismo está por toda a parte”, completou.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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