Presidente da Finlândia insta OTAN a se preparar para conflito aberto com a Rússia


A Europa precisa se preparar para um confronto direto com a Rússia, disse o presidente finlandês em uma entrevista divulgada na quinta-feira (11) no jornal britânico Financial Times.
Alexander Stubb aconselhou os líderes da OTAN a serem menos “belicosos” em sua retórica antirrussa e a se concentrarem mais na preparação de seus exércitos para um possível conflito com a Rússia.
“Estou um pouco preocupado com essa conversa um tanto belicosa de que a Rússia vai testar o Artigo 5 [cláusula de defesa coletiva da OTAN] e que a Europa é a próxima na fila. Acho que devemos nos preparar para isso, mas acho que é altamente improvável”, disse Stubb.
Ele pediu aos países europeus que se tornem “mais finlandeses”.
“Em outras palavras, mais preparados. Precisamos nos preparar para o pior a fim de evitá-lo”, acrescentou o presidente.
Militares da unidade voluntária Bars-13 passam por exercício de treinamento para a coesão de grupos de ataque em um campo de treinamento na República Popular de Donetsk, foto publicada em 5 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.04.2024

Entre as medidas que Alexander Stubb disse que outros países europeus deveriam considerar, o alto responsável mencionou o alistamento militar, que é obrigatório na Finlândia. Ele também pediu aos países da OTAN que apoiem a Ucrânia “o tempo que for necessário”. Ele disse que a Finlândia esvaziaria seus “próprios depósitos” de armas e munição para apoiar Kiev, e só depois os reabasteceria.
O líder finlandês ainda afirmou que o país não está preocupado com os planos da Rússia de reforçar sua presença ao longo da fronteira finlandesa.
“Não estamos preocupados com tudo isso, mas estamos prontos”, afirmou.
O presidente finlandês sublinhou que apoiar a Ucrânia é de grande importância para a Europa, já que a Rússia “se sente muito confiante” no campo de batalha e pode em breve romper a defesa das Forças Armadas ucranianas.
“Os russos entendem que sua janela de oportunidade começará se esgotando no final de agosto ou no início de setembro, então é importante que ajudemos a Ucrânia neste momento”, esclareceu.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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