Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Marquito fala sobre importância da preservação hídrica


Com intuito de chamar a atenção sobre a importância da água para a sobrevivência do planeta, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. No documento chamado Declaração Universal dos Direitos da Água, a ONU constitui os recursos hídricos como parte do patrimônio da Terra. Mas e os catarinenses, o que podem fazer para contribuir para a preservação desse recurso tão precioso? 

Foi pensado nas pautas ambientais e em políticas públicas que foquem na manutenção das águas potáveis em Santa Catarina, que o deputado Marquito (Psol) aceitou o desafio de assumir a presidência da Comissão de Turismo e Meio Ambiente. Formado em Agronomia, o parlamentar considera-se ambientalista desde a adolescência e nessa semana abriu as portas de sua casa, no Morro das Pedras, em Florianópolis, para conversar com a equipe de reportagem da Diretoria de Comunicação da Alesc sobre o Dia Mundial da Água e sobre a sua expectativa à frente da comissão.   

Segundo Marquito, que mora com sua família em uma casa sustentável, o custo tecnológico para adaptar a residência não é alto, mas necessita de conhecimento de agroecologia. “Nossa meta é incentivar investimentos em educação ambiental nas nossas escolas, pois tudo começa com a consciência e com o conhecimento sobre o que é possível fazer”. O deputado usa sua casa como um exemplo possível de ser seguido por boa parte das famílias catarinenses. “Minha casa possui cisternas para captação das águas da chuva e sistema de filtragem que permite a sua reutilização. Também construímos um banheiro seco que evita o desperdício de água. Além disso, parte do nosso telhado inferior é coberto por plantas suculentas que ajudam a controlar o calor, fazendo com que a temperatura interna da casa fique mais agradável. Além do impacto ambiental, essas ações geram redução dos gastos com água e energia”, explica. 

De acordo com o parlamentar, essas tecnologias dependem de poucos recursos para serem implementadas e essas possibilidades precisam ser discutidas com a sociedade. “Devemos dar a oportunidade para que cada cidadão faça a sua parte, pois, mesmo que pareça pouco, se cada um fizer o mínimo conseguiremos mudar o todo”, argumentou. O deputado entende que o Parlamento deve oferecer condições legislativas para que as medidas sejam mais acessíveis. 

Em 2023 o tema da comemoração pelo Dia Mundial da Água é “Acelerando a Mudança”. A meta estabelecida pela ONU é que toda a população do planeta tenha acesso à água e ao saneamento básico até 2030. “É fundamental que a Comissão de Turismo e Meio Ambiente se debruce sobre ações legislativas que incentivem e deem condições para que as pessoas desenvolvam pequenas ações locais, mas que podem ter repercussões globais. Por outro lado, o poder público também precisa propor políticas que tratem de planejamento urbano, tratamento de esgoto, construções verdes e proteção dos mananciais”. 

De acordo com a bióloga Michelle das Neves Lopes, educadora ambiental, é necessário que haja mais políticas públicas para a preservação dos recursos hídricos, fundamentais para a biodiversidade e para a manutenção da vida na Terra. “Não podemos falar sobre preservação da água sem destacar o papel das florestas e da fauna local neste contexto. O poder público precisa ampliar os regramentos para preservação da biodiversidade catarinense e, consequentemente, dos mananciais.”

 

Patrícia Schneider de Amorim
Agência AL

Fonte: alesc.sc.gov

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