Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA: arriscamos pagar 17,5% dos impostos só em juros


Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, avisou em um tweet no sábado (22) que, nos próximos dez anos, 17,5% dos impostos cobrados no país serão alocados para pagar juros sobre empréstimos contraídos pelo governo dos EUA se a crise da dívida continuar sendo ignorada.
Se enterrarmos nossas cabeças na areia e ignorarmos a crise da dívida, como o presidente [Joe] Biden está fazendo, nos próximos dez anos, 17,5% de seus impostos serão usados apenas para pagar juros sobre nossa dívida nacional.
Não para defesa.
Não para programas sociais.
Nem mesmo para pagar a dívida em si.
Isso é só para pagar os juros.
Os membros democratas e republicanos estão enfrentando uma possível crise financeira ante a necessidade de aumentar o limite da dívida nacional, que agora se situa em US$ 31,4 trilhões (R$ 158,56 trilhões). A Casa Branca exige que o Congresso aumente o limite da dívida sem condições, para evitar que o governo norte-americano entre em default entre julho e setembro.
Na quarta-feira (19) Kevin McCarthy, de orientação republicana, apresentou um projeto de lei para aumentar o teto da dívida pública americana em US$ 1,5 trilhão (R$ 7,57 trilhões) até março de 2024, o que reduziria os gastos federais aos níveis do ano fiscal de 2022 e imporia um teto de 1% de aumento sobre os gastos futuros do governo durante a próxima década.
Alguns líderes republicanos disseram que a proposta ajudaria as autoridades a economizar dinheiro. Enquanto isso, os legisladores democratas reiteraram que a medida representaria cortes em programas e serviços, afetando pessoas nos EUA que dependem deles. O jornal Politico referiu na quinta-feira (20) que cerca de US$ 130 bilhões (R$ 656,45 bilhões) seriam cortados do orçamento federal no próximo ano fiscal de 2024, entre outubro de 2023 e setembro de 2024.
Biden chamou o plano de McCarthy de “impossível”.
“Essa é a agenda econômica do MAGA [abreviação do slogan ‘Make America Great Again’, ou ‘Tornar a América Grande Novamente’]: cortes nos gastos da classe média e trabalhadora”, disse Biden, acrescentando que “não se trata de disciplina fiscal, mas de cortar os benefícios para pessoas com as quais parecem não se preocupar muito”.

Fonte: sputniknewsbrasil

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