Prender preventivamente um deputado é um precedente perigoso, diz Abílio após voto


Conteúdo/ODOC – O deputado federal e pré-candidato do Partido Liberal a prefeito de Cuiabá, Abílio Júnior, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (11), disse que a sua posição em votar pela soltura do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), preso preventivamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está na forma como ocorreu a prisão – segundo ele – por apenas uma suspeita.

Abílio Júnior fez questão de argumentar que, caso se comprove a participação do deputado suspeito de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, em 2018, no Rio de Janeiro, quer que “ele apodreça” na cadeia.

“Não tem haver com o Chiquinho Brazão, o caso Marielle. A questão em si é a forma como o Judiciário quer agir em relação ao Legislativo. A Constituição é clara sobre quando e como pode ser preso um deputado federal. Um deputado federal pode ser preso em flagrante por crimes inafiançáveis. Nesta circunstância, comunica-se a Câmara e prende o deputado”, disse o federal.

Conforme Abíliko Júnior, “essa decisão preventiva pode trazer um problema muito em breve…o que impede agora de um outro ministro prender outro deputado sob qualquer causação preventiva e não apresentar as provas dessa acusação?”, questionou.

“Existe uma suspeita, uma acusação grave, e essa suspeita, se confirmando, eu quero que essa pessoa, o Chiquinho Brazão, apodreça na cadeia pelo crime que cometeu, se o cometeu, mas não podemos anteceder o processo jurídico. Prender preventivamente um deputado, ferindo o artigo 52 e o 53 da Constituição, é um precedente muito perigoso para o Poder Legislativo”, completou Abílio Júnior.

Fonte: odocumento

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