Premiê indiano diz não a qualquer movimento que restrinja fornecimento global de energia


O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pediu nesta terça-feira (15) aos líderes mundiais que evitem promover quaisquer medidas que restrinjam o fornecimento de energia no mercado global.
Falando na cúpula do G20 — fórum intergovernamental composto por 19 países e pela União Europeia (UE) — em Bali, o líder do terceiro maior país consumidor de petróleo do mundo expressou sérias preocupações com a cadeia de suprimentos global arruinada, muito em função da crise ucraniana e dos reflexos da pandemia de COVID-19.
A Índia, a quinta maior economia do mundo, importa 85% de sua demanda por petróleo do mercado global.
“Não devemos promover nenhuma restrição ao fornecimento de energia, e a estabilidade no mercado de energia deve ser assegurada”, disse Modi.
Nova Deli não apenas resistiu à pressão ocidental sobre as compras de petróleo da Rússia, mas acabou aumentando a importação de petróleo “com desconto” para proteger quase 1,4 bilhão de pessoas da pressão inflacionária.
O G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) anunciou um plano para limitar o preço internacional do petróleo russo por meio de um teto de preços em setembro, em uma tentativa de “privar” Moscou de suas receitas de petróleo após a operação militar especial em Ucrânia.
O limite proposto está programado para entrar em vigor no dia 5 de dezembro. Enquanto isso, Moscou disse que não vai fornecer petróleo para aqueles que decidirem seguir o mecanismo do teto de preços.
Vladimir Putin, presidente da Rússia (à esquerda), e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia (à direita), apertam as mãos durante encontro em Nova Deli, Índia, 6 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2022

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O primeiro-ministro indiano também levantou a questão da escassez de fertilizantes, dizendo que a interrupção pode levar o mundo a uma grave crise alimentar.
“A atual escassez de fertilizantes em termos de segurança alimentar é também uma grande crise. A escassez de fertilizantes de hoje é a crise alimentar de amanhã, para a qual o mundo não terá solução”, sublinhou o primeiro-ministro.
A Rússia aumentou significativamente as exportações de fertilizantes, entre outras commodities, para a Índia para ajudar o setor agrícola, que fornece meios de subsistência para quase metade da população de mais de 1,3 bilhão.
Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, observou que o fornecimento de fertilizantes para a Índia aumentou mais de oito vezes no atual ano financeiro.
Em maio, Nova Deli finalizou um acordo de troca com Moscou para obter fertilizantes e provavelmente deve fechar um acordo de longo prazo com a Uralkali da Rússia para o fornecimento de um milhão de toneladas de fertilizante à base de potássio.

Fonte: sputniknewsbrasil

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