Rondonópolis
é uma das 13 cidades que vai receber o Caminhão Conhecendo os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) que integram a
Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A visita do
significativo veículo com mensagens ecológicas acontece no próximo
sábado (04), quando ele chega à Praça Brasil às 10h e permanece
até às 17h, e só será possível por causa de uma parceria entre a
Prefeitura Municipal e a Energisa.
No
local serão montadas 13 tendas, onde vão ser difundidos os desafios
e as propostas dos 17 ODSs por meio de diversas práticas, oficinas
de robótica, exposições, rodas de conversa, músicas, dicas de
negócios, além da veiculação de vídeos, entre outras atividades
voltadas à questão da sustentabilidade ambiental. Também haverá o
espaço kids para crianças. Toda a programação é gratuita e a
expectativa é de um público de cerca de oito mil pessoas.
Cuidar
da mãe Terra para que ela possa se reestabelecer e superar os danos
causados por décadas de descaso com a natureza e de devastação
ambiental exige de cada indivíduo empenho e adoção de ações
conscientes nesse sentido.
Por
isso, o secretário de Meio Ambiente, Marcus Vinícius das Neves
Lima, comemora a chegada do Caminhão Conhecendo os ODSs: “Essa
atração é muito bem-vinda, já que, em nível de Brasil, ainda
prevalece uma cultura que insiste em hábitos que negligenciam a
relação adequada com os recursos naturais, como acúmulo de lixo,
plantio desordenado e falta de conhecimento suficiente sobre os
benefícios da reciclagem e do reaproveitamento de produtos, por
exemplo. Podemos dizer que, nos últimos anos, houve avanços
advindos do uso da tecnologia e da facilidade da comunicação para
levar informação às pessoas, mas ainda estamos caminhando a passos
lentos”.
Na
opinião do secretário, Rondonópolis também tem muito o que
aprender, apesar dos progressos feitos se comparada a outros tempos:
“A cidade tem se desenvolvido em relação à coleta seletiva e já
conta com locais apropriados para destinação de resíduos e
materiais descartáveis. O Poder Público tem disponibilizado as
ferramentas necessárias tanto para estimular e conscientizar a
população sobre assumir um comportamento a favor da natureza, como
para coibir aqueles que a degradam. Apesar de ser um trabalho ainda
embrionário, hoje, o município contabiliza quatro ecopontos, ações
de fiscalização e, quando preciso, de penalização, pois algumas
pessoas só colaboram se houver punição”.
Definida
como uma série de comportamentos que permitem a melhoria da
qualidade de vida da população atual sem retirar recursos das
gerações vindouras e com foco na redução das desigualdades, a
sustentabilidade social é vetor importante na formulação dos 17
ODSs, que buscam expansão do acesso à saúde, à educação e à
alimentação, entre outras necessidades, para um maior número de
pessoas.
Entrelaçados,
os 17 ODSs interligam os aspectos ambiental, social e econômico e
andam pari passu de forma que, em efeito dominó, quando um
país consegue atingir um deles, simultaneamente, alcança os outros
em uma perspectiva multidimensional.
Erradicação
da pobreza, agricultura sustentável e fome zero, saúde e bem-estar,
educação de qualidade, igualdade de gênero, água potável e
saneamento, energia limpa e acessível, trabalho decente e
crescimento econômico, indústria, inovação e infraestrutura,
redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis,
consumo e produção responsáveis, ação contra a mudança global
do clima, vida na água, vida terrestre, paz, justiça e instituições
eficazes e parcerias e meios de implementação compõem os 17 ODSs.
“A
programação é voltada para membros da família de todas as idades
e traz uma gama muito grande de temas com abordagem macro sobre os
ODSs utilizando estímulos visuais para sensibilizar os receptores
das mensagens. As informações são transmitidas por meio de
possibilidades tecnológicas que apontam para saúde, educação,
ciência e tecnologia, meio ambiente, geração de emprego e renda,
agricultura, água, comida, entre outros assuntos”, comenta o
biólogo, que é assessor de análise ambiental da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente (Semma), João Fernando Copetti Bohrer,
responsável por mediar a vinda do Caminhão a Rondonópolis.
Perceber
que o futuro está ao alcance de todos ao imergir em um ambiente
híbrido entre o mundo real e o virtual, ou seja, em um metaverso,
quando adentrar o caminhão será uma das experiências
proporcionadas pela mostra ao público presente. Essa integração
entre o físico, palpável, e o digital, intangível, será possível
a cada um que colocar os óculos de realidade virtual.
Tornar
os conceitos disseminados nos 13 stands práticas rotineiras é
possível diante de uma vivência lúdica capaz de gerar uma memória
afetiva que fique impregnada naqueles que delas participarem,
conforme ressalta João Fernando. Ele defende que ao introjetar
conceitos valorosos e assimilar que os recursos disponíveis são
limitados, o público abre uma porta para que haja uma transformação
de mentalidade e, consequentemente, de comportamento na relação com
todo tipo de elemento existente nos locais onde vive.
“Essas
experiências virtuais, tecnológicas, fortalecem e contribuem ainda
mais o engajamento das crianças com a visualização e a
contemplação desse cenário. E dos adultos que, ao saírem da
formalidade, do conhecimento gelado, frio, racional e partirem para
uma visão singular, mais colorida, uma leitura quente, com uma
experiência visual diferenciada, se sentem atraídos para esse novo
conhecimento”, reflete o analista ambiental.
Diversos
atores contribuíram para a realização da estrutura a ser exposta
para visitação. “Integram o projeto as Secretarias Municipais de
Educação, de Meio Ambiente, de Agricultura, de Trânsito, além de
várias empresas, a exemplo da Rumo, do Sebrae, do Sesc, de
cooperativas de reciclagem da cidade e da Universidade Federal de
Rondonópolis, entre outros partícipes”, enumera o biólogo.
Vindo de um circuito que
teve início no ano passado no Estado de Goiás, o Caminhão
Conhecendo os ODSs, esteve em 11 cidades até agora e, depois de
Rondonópolis, finaliza seu giro ambiental em Sinop. Já esteve em
municípios de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Roraima e
Amazonas, antes de chegar a Mato Grosso.
Resultado
de um debate coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) – órgão da ONU cuja atribuição é
erradicar a pobreza e impulsionar o desenvolvimento global – a
Agenda 2030 busca soluções para garantir e potencializar a
preservação do planeta de maneira harmônica e equilibrada. Após
três anos de discussões, em setembro de 2015 ficou pronto o
documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável”, constituída de uma declaração, 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com 169 metas, uma seção
sobre meios de executá-la e parcerias a serem firmadas e o esboço
para consulta e eventuais adaptações.
Fonte: mt.gov.br