Da Redação
A Bronca Popular
O conceito binário de homem e mulher é o modelo tradicional que divide os seres humanos em dois grupos distintos, com base em características biológicas como cromossomos, órgãos reprodutivos e hormônios.
Nesse sistema, homens são identificados pelo padrão XY e mulheres pelo XX, com diferenças físicas e hormonais típicas.
Setores acadêmicos e sociais críticos ao binarismo defendem que a diversidade biológica e a distinção entre sexo e identidade de gênero tornam a realidade humana mais complexa que essa divisão clássica.
No entanto, a chamada linguagem neutra, ao propor um “terceiro gênero” inexistente do ponto de vista biológico, é vista por especialistas como uma alteração artificial da língua portuguesa, capaz de gerar barreiras na comunicação e prejudicar a clareza em documentos oficiais e no ensino.
Linguistas lembram que o português já dispõe de recursos neutros, como o uso do plural genérico, e consideram o modelo proposto questionável em eficácia.
O debate ganhou repercussão em Cuiabá após o prefeito Abílio Brunini (PL) pedir que uma professora se abstivesse de usar linguagem neutra durante a Convenção Municipal de Saúde, sob argumento de evitar doutrinação ideológica.
O episódio provocou intenso debate nas redes sociais, com maioria das manifestações favoráveis à posição do gestor.
Para defensores do binarismo, a valorização da língua portuguesa, da família e das tradições culturais deve prevalecer sobre propostas linguísticas que rompam com o padrão histórico e biológico homem/mulher.
Fonte: abroncapopular