Preço do minério de ferro volta a cair, com retomada intervencionista de Pequim


Depois de um curto período de valorização, ante à perspectiva de maior abertura da economia chinesa a investimentos no setor, os contratos futuros de minério de ferro ampliaram, nesta terça-feira (21), as perdas acumuladas nos últimos dias, em razão da expectativa de que o governo de Pequim voltará a intervir nesse mercado, a pretexto de combater o que denominou ‘atividade especulativa’ do setor, que teria motivado a adoção de restrições de produção nas principais siderúrgicas do país.

Como reflexo desse quadro, o contrato da commodity para maio, negociado na Bolsa de mercadorias de Dalian (China) fechou a sessão da manhã em queda de 2,22% a 879 iuanes (US$ 127,80 dólares) a tonelada, depois de recuar 2,48% na véspera.

Já na Bolsa de Cingapura, contratos do insumo energético para abril próximo apresentaram desvalorização de 0,6%, para US$ 124,75 dólares a tonelada, o que corresponde ao patamar mais baixo, desde de 6 de março último.

Em nota, analistas da Huatai Futures avaliam que “os principais fatores que pesaram nos preços (do minério de ferro) são as restrições de produção de siderúrgicas (no norte da China), induzidas pela proteção ambiental, e as incertezas quanto a políticas de controle em resposta aos preços altos”, disseram analistas da Huatai Futures.

Como exemplo, as cidades de Handan e Tangshan, dois grandes centros siderúrgicos do norte chinês, adotaram respostas de emergência de nível 2, nos dias 17 e 20 de março, como medida preventiva à ocorrência de forte poluição atmosférica, prevista para os próximos dias.

Para o analista sênior de minério de ferro da consultoria Mysteel em Xangai, Yu Chen, “a flutuação (nos preços do minério de ferro) indica que o mercado está buscando uma direção clara em meio a fatores mistos no momento”.

Em outro exemplo de queda, ontem (20), a commodity com teor de 62% de ferro igualmente recuou 4,2% para US$ 126,50 por tonelada, o menor nível em duas semanas, de acordo com o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights. Em decorrência, o insumo siderúrgico baixou a 1,9% a alta acumulada este mês e a 7,8% no ano.

Fonte: capitalist

Anteriores Maior distribuidora de gás da Finlândia supostamente ainda compra gás natural da Rússia
Próxima Caixa paga hoje novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 2