Preço do café sobe mais de 50% na média nacional e impulsiona aumento da cesta básica nas regiões Sul e Norte do Brasil


O indicador que mede a variação de preços nos supermercados – registrou uma desaceleração em janeiro, após cinco altas consecutivas. No mês, a variação foi de +0,78%, abaixo dos +1,82% de dezembro e dos +3,02% de novembro. O preço médio da cesta de 35 produtos de largo consumo passou de R$ 794,56 para R$ 800,75 na média nacional.

Entre os produtos básicos houve queda nos preços do leite longa vida (-1,53%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%) e arroz (-0,54%). Já os principais aumentos foram observados no café torrado e moído (+8,56%) e no açúcar refinado (+1,78%). A alta nos preços do café foi ainda mais expressiva nas regiões Sul (+12,39%) e Norte (+11,53%). Em 12 meses, a alta acumulada é de +50,34% na média nacional.

Na cesta de proteína animal, as maiores altas foram registradas no frango congelado (+2,51%), carne bovina – corte do traseiro (+1,74%) e ovos (+0,89%). Em contrapartida, o pernil (-0,95%) e a carne bovina – corte dianteiro (-1,45%) apresentaram recuo. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços das carnes registraram os seguintes aumentos: carne bovina – corte dianteiro (+25,97%) e traseiro (+20,61%), pernil (+18,91%) e frango congelado (+10,33%). Em hortifrutigranjeiros houve aumento expressivo no preço do tomate (+20,27%) e da cebola (+7,99%). Já a batata (-9,12%) registrou recuo nos preços.

Os produtos de higiene pessoal também apresentaram variações, com altas no sabonete (+0,58%), xampu (+0,89%) e creme dental (+0,45%) e papel higiênico (+0,13%).
Na categoria de limpeza, os maiores aumentos foram registrados na água sanitária (+1,03%), seguida pelo desinfetante (+0,81%) e pelo detergente líquido para louças (+0,31%). O sabão em pó, no entanto, apresentou queda ( -0,26%).

Preço da cesta de 12 produtos segue estável

No recorte da cesta de alimentos básicos composta por 12 produtos, os preços permaneceram praticamente inalterados em janeiro, com uma leve variação de 0,10%, passando de R$ 345,23 para R$ 345,56 na média nacional.

Entre os itens que registraram queda nos preços, destacam-se: leite longa vida (-1,53%), carne bovina – corte dianteiro (-1,45%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%) e arroz (-0,54%). Já os principais aumentos ocorreram no café torrado e moído (+8,56%) e no açúcar refinado (+1,78%). Outras variações observadas foram: queijo (+0,57%), massa sêmola de espaguete (+0,48%), farinha de mandioca (+0,37%), farinha de trigo (+0,20%), margarina cremosa (+0,10%).

Na análise por região, a maior alta foi registrada no Sul (+1,46%), puxada pelo aumento no preço do café torrado e moído (+12,39%). Os preços passaram de R$ 363,15 para R$ 368,46. Em seguida, aparecem o Norte (+1,10%), onde os preços passaram de R$ 416,31 para R$ 420,90, e o Nordeste (+0,53%), com valores subindo de R$ 300,12 para R$ 301,72.
Por outro lado, houve queda nos preços no Sudeste (-0,32%), onde a cesta passou de R$ 357,14 para R$ 356,01, e no Centro-Oeste (-0,18%), onde os valores recuaram de R$ 345,26 para R$ 344,66. No Centro-Oeste, destacam-se a menor variação no preço do café (+5,68%) na comparação entre as regiões e a maior queda no preço do feijão (-3,06%).

Nas capitais e nas regiões metropolitanas os preços da cesta em janeiro foram: São Luís (MA) R$ 298,44; Recife (PE) R$ 299,69; Salvador (BA) R$ 302,62; Aracaju (SE) R$ 302,85; Fortaleza (CE) R$ 305,00; Goiânia (GO) R$ 341,46; Campo Grande (MS) R$ 345,93; Brasília (DF) R$ 346,58; Rio de Janeiro (RJ) R$ 353,05; São Paulo (SP) R$ 355,51; Grande Vitória (ES) R$ 356,20; Belo Horizonte (MG) R$ 359,28; Curitiba (PR) R$ 366,06; Porto Alegre (RS) R$ 370,87; Rio Branco (AC) R$ 419,80; Belém (PA) R$ 422,00.

Consumo nos Lares cresce 2,22% em janeiro, afirma ABRAS

O Consumo nos Lares Brasileiros cresceu 2,22% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS. Em relação a dezembro, o índice registrou queda de -11,51%, impactado pela sazonalidade do consumo no final do ano. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e contemplam todos os formatos de supermercados.

“Enquanto o crescimento do emprego e da renda impulsionou o consumo nos lares, a inflação dos alimentos e bebidas, que avança pelo quinto mês consecutivo, pressiona o poder de compra e exige dos consumidores mais cautela na composição da cesta de abastecimento e uma busca ainda mais intensa por preços competitivos nos supermercados”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

No mês, além da manutenção dos níveis de emprego outros recursos contribuíram para movimentar a economia, dentre eles:  o pagamento de R$ 13,8 bilhões do Bolsa Família para 20,48 milhões de famílias; o pagamento do 3º lote residual de Imposto de Renda 2024 no valor de R$ 448,9 milhões, para cerca de 144 mil contribuintes (30/12); a liberação de R$ 2,5 bi em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS.

Ao longo do ano, destacam-se o reajuste do salário-mínimo em 7,5%, que deve injetar cerca de R$ 125,4 bilhões na economia, segundo estimativas do Dieese, e o pagamento de R$ 30,7 bi do PIS/Pasep para 24,4 milhões de trabalhadores, ambos com início em fevereiro. No mês, há ainda o repasse de R$ 575 milhões do Auxílio-Gás beneficiando 5,42 milhões de famílias atendidas pelo programa do Governo Federal.
 

Fonte: noticiasagricolas

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