‘Práticas coloniais’: decisão dos EUA de criar Fundo Afegão viola direito internacional, diz Rússia


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“Consideramos que esse passo contradiz o direito internacional e viola a soberania de um Estado soberano. O povo do Afeganistão tem o direito de administrar independentemente os ativos que lhe pertencem sem qualquer controle externo. A Embaixada da Federação da Rússia acredita fortemente que tais ações dos Estados Unidos, não importa quais sejam os lemas humanitários usados como cortina de fumaça, só agravarão a miséria do povo afegão”, disse a embaixada no Telegram.
A embaixada instou Washington a devolver os ativos congelados do Banco do Afeganistão “ao seu proprietário e a parar de usar práticas coloniais em relação aos Estados soberanos”.
Na quarta-feira (15), o Departamento de Estado dos EUA disse que os Estados Unidos estabeleceram um fundo de reserva de ativos internacionais congelados do Banco Central do Afeganistão, no valor de US$ 3,5 bilhões (R$ 18 bilhões), para apoiar a economia afegã, deixando os fundos fora de alcance do movimento Talibã (sob sanções da ONU por atividade terrorista), que governa o país. O chamado Fundo Afegão ficará sob controle do Banco de Compensações Internacionais (BIS, sigla em inglês), com sede na Suíça.
Pôr do sul em Munique, sul da Alemanha, 13 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.09.2022

O Talibã chegou ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, o que resultou no aprofundamento da crise econômica, humanitária e de segurança no país.
Em fevereiro deste ano, o presidente Joe Biden assinou uma ordem permitindo que os US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) do Banco Central afegão, mantidos pelos EUA, sejam divididos igualmente entre um fundo humanitário para ajudar o povo afegão e uma compensação para as vítimas de terrorismo.
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