Prae realiza encontro com calouros quilombolas e indígenas


Aconteceu na tarde desta quinta-feira (29), a atividade de recepção dos calouros indígenas e quilombolas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Cuiabá. A ação aconteceu no auditório do Instituto de Geografia, História e Documentação (IGHD), e contou com mesas de apresentação, mesas principais e momentos de socialização no café da tarde.

A pró-reitora de Assistência Estudantil da UFMT, professora Lisiane Pereira de Jesus, contou que a ação integra Projeto entre aldeias e quilombos. “Evento importante, e tivemos debates sobre a temática da pessoa negra e assuntos relacionados. Se mostra relevante pois nos preocupamos com os estudantes, para que se sintam importantes e acolhidos para sua permanência e conclusão de seu curso”, destacou, complementando sobre a relevância das falas de outras instituições representativas da UFMT e externa que prestam esse apoio.

Em sua fala, a Gerente de Ações Afirmativas e Apoio à Inclusão da Prae, docente na UFMT, Ana Carolina da Silva Borges,  falou dos desafios enfrentados na pasta. “Dentro do Câmpus tenho ações na sala de aula, de forma a auxiliar a  politizar os estudantes dentro de uma perspectiva de gênero e raça. Atuo também com extensão, em que as pessoas enxergam algo pequeno, mas que é extremamente relevante.  Na Prae o foco é acompanhar e pensar ações na população negra e indígenas, agora também para a população LGBTQIAPN+”, destacou falando sobre a relevância do acolhimento.

A coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação, professora Cândida Soares da Silva, ressaltou a importância dos estudantes se empenharam no ensino, na pesquisa e na extensão. “Esse lugar não é exclusivo de pessoas brancas, ricas, e aquelas que vivem na cidade. é lugar de todos, e temos direito de estar aqui. A Universidade é um espaço de autonomia, e nesse sentido é importante apropriar desse conhecimento para fazer a diferença”, destacou.

Um olhar necessário e plural

Dentre os participantes, estava o veterano do curso de Ciências Sociais, Marco Antônio da Silva Borges, que ressaltou a importância do encontro. “É momento oportuno para reforçar que os estudantes não estão sozinhos, e que a UFMT cada vez está querendo se aproximar de nós, sendo acolhedora para cada necessidade existente, até porque a sociedade é plural”, disse, recomendando aos calouros a necessidade de esforçar nos estudos, apoiar as pessoas e na medida aproveitar o lazer.

Representando os povos quilombolas, Ivo Gregório de Campos, falou sobre sua trajetória. “A dificuldade da academia para mim não foi diferente. Racismo, e pessoas dizendo que não iria conseguir. Mas quando confiamos em nós, conseguimos. A vontade de estar na Universidade deve ser maior”, disse, reforçando que a educação pode transformar vidas e que a luta é constante.

Também estiveram na mesa a mediadora e coordenadora de Planejamento e Execução Orçamentária da Prae, Karla Cristina de Souza, a docente e artista Cristiana Soares, e  o servidor técnico administrativo da UFMT e mestre em Direito, Guilherme Matheus.

Fonte: ufmt

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